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Portugal com recorde de participantes no programa da Euronext que prepara tecnológicas para entrar em bolsa

A 6ª edição do TechShare conta como 119 participantes (73 de tecnologias, media e telecomunicações, 33 de ciências da vida e 13 de ‘cleantech’). Por cá, entram CRIAMTech, Doutor Finanças, IndieCampers, Liqui.dom, LOQR, Lusospace, S. Roque, Sea4us, Sikur e Visor.ai.
19 Janeiro 2021, 16h41

A 6ª edição do programa de formação e networking da Euronext, desenhado para as tecnológicas saberem mais sobre o mercado de capitais, conta com a participação de dez empresas portuguesas: a CRIAMTech, a Doutor Finanças, a IndieCampers, a Liqui.dom, a LOQR, a Lusospace, a S. Roque, a Sea4us, a Sikur e a Visor.ai.

O TechShare 2020-2021, que pretende explicar às tecnológicas como uma IPO (Initial Public Offering) pode potenciar o seu crescimento e desenvolvimento – logo, caçá-las para a bolsa – tem este ano 119 participantes (73 de tecnologias, media e telecomunicações, 33 de ciências da vida e 13 de cleantech).

A “turma” portuguesa deste ano é recordista. Comparativamente à edição 2019-2020 juntaram-me mais três empresas dispostas a conhecer as alternativas de financiamento que o mercado de capitais tem para oferecer.

A CEO Euronext Lisbon referiu que, por vezes, se perpetua a ideia de que é necessário recorrer ao índice de Wall Street Nasdaq para ter acesso a investidores e a modelos de governance que permitam manter o controlo das empresas. “As poucas empresas europeias que tentaram o mercado norte-americano enfrentaram enormes desafios, sendo que muitas delas nunca chegaram a concretizar a sua abertura de capital em mercado”, alertou Isabel Ucha no kick-off do programa que decorreu online devido à pandemia.

Na sua opinião, as tecnológicas europeias beneficiam da negociação de ações no ‘Velho Continente’ por fatores como a realidade jurídica e cultura financeira semelhantes. “A ambição de crescimento de cada um de vós é um elemento-chave na hora de financiamento. O mercado de capitais continua e continuará a ser a opção estratégica que permite reunir o financiamento necessário, muitas vezes, em volumes muito significativos para assistir um rápido crescimento das empresas tecnológicas”, afirmou Isabel Ucha.

“Muitas vezes somos tentados a pensar que só as empresas grandes, só alguns sectores ou só o mercado regulamentado é que são fatores essenciais para ter um IPO de sucesso, o que não é verdade. O mercado de capitais é o reflexo da economia”, completou Filipa Franco, head of Listing da Euronext Lisbon.

A Euronext contabiliza 485 empresas tecnológicas, metade das quais entraram no mercado nos últimos cinco anos. O grupo pan-europeu garante que dá acesso a um vasto ecossistema dedicado ao sector e a uma base de investidores alargada e internacional financiando empresas em todas as fases de crescimento, incluindo gestoras de fundos long-only, e a investidores de retalho, ativo precioso gerar liquidez após o IPO. Ademais, destaca tem desenvolvido iniciativas dedicadas a empresas inovadoras, cotadas ou não cotadas, de modo a proporcionar soluções, apoio e liquidez.

A nova edição do TechShare – no qual estão envolvidos oito países – volta a contar com a sociedade de advogados Morais Leitão, o banco BPI/CaixaBank, a consultora PwC e a Cunha Vaz & Associados como parceiros.

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