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Portugal decide na próxima semana se arranca com a vacinação em crianças entre os 5 e os 11 anos

No próximo dia 20 de dezembro começam a chegar as primeiras 300 mil doses de vacinas pediátricas e em janeiro chegam mais 462 mil vacinas. Decisão aguarda parecer da Comissão Nacional de Vacinação, anunciou Costa.
25 Novembro 2021, 17h31

Portugal “está preparado” para assegurar a vacinação das mais de 637.907 crianças portuguesas entre os 5 e os 11 anos, garantiu esta quinta-feira o Governo. No entanto, aguardará pela decisão da Comissão Nacional de Vacinação que deverá divulgar um parecer, na próxima semana.

Durante o briefing do Conselho de Ministros, António Costa anunciou que estão já contratadas com a farmacêutica Pfizer o primeiro lote destes fármacos que deverão a 20 de dezembro, “tendo em vista garantir aprovisionamento das vacinas pediátricas”. Nesse dia dá-se a chegada do primeiro lote de 300 mil vacinas, e em janeiro chegam mais 462 mil vacinas.

“Estamos francamente melhor do que estávamos há um ano atrás”, diz o primeiro-ministro, sinalizando que a “vacinação tem permitido salvar vidas e assegurar que cada pessoa infetada tem tido doença de menor gravidade”.

O anuncio surge na sequência da decisão anunciada esta quinta-feira pelo regulador europeu. Segundo a Agência Europeia do Medicamento (EMA) estas crianças só irão receber uma dose da vacina da farmacêutica. O regulador relembra que a vacina já está autorizada para jovens a partir dos 12 anos.

A Ordem dos Enfermeiros já apelou que não se deve avançar já com a vacinação das crianças contra a Covid-19, considerando que a prioridade deve centrar-se na vacinação dos adultos da “forma mais célere possível”.

Num parecer enviado a Graça Freitas, diretora-geral da Saúde, esta quinta-feira, sobre a vacinação universal de crianças entre os 5 e os 11 anos, a Ordem do Enfermeiros (OE) defende que não se deve iniciar, para já, a vacinação deste grupo etário, “mas sim aguardar por uma maior evidência (prova) científica quantos aos custos-benefícios a médio e a longo prazo”.

“Desta forma, face à situação epidemiológica que se mantém, considera-se que a prioridade deve centrar-se no processo de vacinação de pessoas com idade igual ou superior a 18 anos da forma mais célere possível, bem como reforçar o uso generalizado das medidas de proteção conhecidas, as quais apresentam resultados clinicamente demonstrados”, lê-se no parecer.

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