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Portugal defende que União Europeia deve doar vacinas a países africanos

“Nenhuma região pode estar a salvo até que todo o mundo esteja protegido contra o vírus e é por isso que as vacinas têm de ser disponibilizadas para os nossos parceiros, especialmente nos países em desenvolvimento”, defendeu Francisco André.
8 Fevereiro 2021, 18h08

O secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação disse esta segunda-feira que Portugal defende que uma parte das 2,3 mil milhões de doses de vacinas contra a covid-19 encomendadas pela União Europeia seja doada a países africanos.

O governante interveio na conferência de alto nível organizada pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) sobre o tema “Igualdade na vacinação e resiliência: dois testes para a solidariedade global”. A participação do secretário de Estado aconteceu no âmbito da presidência portuguesa do Conselho da União Europeia.

“Nenhuma região pode estar a salvo até que todo o mundo esteja protegido contra o vírus e é por isso que as vacinas têm de ser disponibilizadas para os nossos parceiros, especialmente nos países em desenvolvimento”, defendeu Francisco André.

Nesta sessão virtual participaram também Angel Gurría, secretário-geral da OCDE e o director-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, que se igualmente se opuseram à nacionalização das vacinas pelos países ricos em detrimento dos países em vias de desenvolvimento

“Cabe-nos a todos fazer um esforço comum para conseguirmos o nível mais alto possível de imunidade em todo o mundo e isso significa ter um acesso equitativo à vacina contra a covid-19”, defendeu o líder da OCDE. Segundo a OMS, 94% dos países que estão a vacinar as suas populações são considerados ricos e 75% das doses existentes vão apenas para 10 países no mundo.

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