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Portugal desce três lugares no ‘ranking’ da competitividade digital

A economia portuguesa encontra-se em 37º lugar da tabela liderada pelos Estados Unidos. A baixa pontuação em «agilidade nos negócios» empurrou o país para baixo, segundo o IMD World Competitiveness Center.
1 Outubro 2020, 08h01

Portugal voltou a perder competitividade digital, mantendo a tendência verificada há cinco anos (só em 2018 a conseguiu inverter). O país está agora em 37º lugar do ranking mundial divulgado esta sexta-feira, tendo caído três posições na ‘calculadora’ que agrega conhecimento, tecnologia e estratégia.

Os Estados Unidos da América continuam na liderança do “IMD Digital Competitiveness Ranking”, no qual Portugal está a meio de uma tabela com 63 países, mas à frente de oito Estados-membros da União Europeia sobretudo impulsionado pela pontuação no indicador «conhecimento» (33º).

Observando o segmento tecnológico, denota-se que se encontra em 38º lugar, apesar de ter melhorado em todas as vertentes, enquanto o de «preparação para o futuro» fixa-se na 41ª posição depois de uma queda de sete pontos que penalizou a perda de competitividade digital da economia portuguesa.

Segundo a análise, com a qual a Porto Business School colabora, foi a baixa pontuação em «agilidade nos negócios» que empurrou o terceiro indicador para baixo, porque ao nível da tecnologia denotou-se um crescimento residual em todos os subfatores, como tecnologias de comunicação (5º), número de utilizadores de Internet (12º) e leis de imigração (4º), ainda que  a penetração de assinantes de banda larga móvel (59º) e a exportação de tecnologia de ponta (55º) deixem a desejar.

“Portugal precisa de acelerar, de forma decidida, o seu investimento na geração e transposição de conhecimento nas áreas digitais para as empresas. É na agilidade da gestão que está o problema mas, simultaneamente, também a solução”, alerta Rui Coutinho, diretor executivo de Inovação e Crescimento da Porto Business School.

O dirigente académico considera que “cabe aos gestores portugueses compreender a importância de adotarem uma gestão mais empreendedora, mais ágil e mais adaptativa – um novo ‘darwinismo organizacional’ – que precisa de recorrer a novas ferramentas digitais, suportar as decisões em dados e apostar, de forma clara, nas competências dos trabalhadores para o digital.”

Em causa está o facto de, dentro da área «preparação digital», o ranking atribui baixas pontuações na deteção de oportunidades e riscos (50º), no receio do fracasso (49º) e uso de Big Data & Analytics (55º).

Quais os critérios de avaliação?

  • Conhecimento, que captura a infraestrutura intangível necessária para as dimensões de aprendizagem e descoberta da tecnologia
  • Tecnologia, que quantifica o cenário de desenvolvimento de tecnologias digitais
  • Preparação para o futuro, que examina o nível de preparação de uma economia para assumir a sua transformação digital
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