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Portugal deu “lição” de economia a Espanha e Itália, destaca imprensa espanhola

O autor do artigo, Vicente Nieves, diz que os países que mais sofreram com a crise do ‘subprime’ foram os designados PIGS (Portugal, Itália, Grécia e Espanha) e, mais de uma década depois, a situação alterou-se para uns, mas não mudou muito para outros.
14 Abril 2023, 08h46

No dia em que se prevê que a agência de notação financeira Fitch se volte a pronunciar sobre o rating de Portugal, o jornal espanhol “El Economista” publica um artigo sobre a “lição de Portugal a Espanha e Itália”, caracterizando o país como “um milagre económico que não tem fim”.

O autor, Vicente Nieves, começa por explicar que os países que mais sofreram com a crise do subprime foram os designados PIGS (Portugal, Itália, Grécia e Espanha) e, mais de uma década depois, a situação alterou-se para uns (Portugal e também Irlanda), mas não mudou muito para outros.

O texto é fundamentado com as análises de Jakob Suwalski e Alessandra Poli, diretor de rating público e soberano e analista associada da Scope Ratings, respetivamente, embora também faça referência a um discurso de Mário Centeno em Harvard, quando era presidente do Eurogrupo.

“A prudente política fiscal de Portugal pode ser parcialmente atribuída a uma política relativamente estável, também crucial para o crescimento económico sustentado do país. O Partido Socialista, de centro-esquerda, tem-se comprometido com essa cautela fiscal e prioriza o crescimento económico sustentável desde que assumiu o poder em 2015, mantendo a confiança do eleitor, aumentando a forte maioria parlamentar nas eleições antecipadas de 2022. A situação difere da espanhola governo, que neste momento se prepara para eleições no final do ano”, argumentam os especialistas da Scope.

Recorde-se que, no ano passado, a economia portuguesa cresceu 6,7% em 2022. “O contributo da procura interna para a variação homóloga do PIB diminuiu no quarto trimestre, passando de 3,2 pontos percentuais (p.p.) no terceiro trimestre, para 1,9 p.p., verificando-se um crescimento menos acentuado do consumo privado e uma diminuição do investimento”, explicou o Instituto Nacional de Estatística (INE) no final de fevereiro.

Por sua vez, o défice das Administrações Públicas, em contabilidade nacional, recuou para 0,4% do PIB em 2022, sendo que em 2021 se fixou nos 2,9%. O saldo foi -944,4 milhões de euros nesse período.

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