Portugal continua a ser um dos países europeus mais desiguais, não apenas para a população em geral, mas em particular para os idosos. A conclusão é da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), no relatório sobre o sistema de pensões em Portugal, divulgado esta quarta-feira.
Apesar de reconhecer que a pobreza e a desigualdade caíram em Portugal na última década, a instituição liderada por Ángel Gurría realça que a crise económica interrompeu o ritmo iniciado anteriormente.
“Apesar do progresso inegável feito no início deste século, uma parcela significativa da população idosa ainda está em risco de pobreza e as futuras gerações de idosos podem enfrentar maior desigualdade”, refere o relatório.
A OCDE realça as conclusões da Comissão Europeia de que, “apesar de uma melhoria da adequação do rendimento de reforma entre 2008 e 2016, o sistema de pensões não garante uma proteção adequada para todos os idosos contra a pobreza e a exclusão social”.
“As melhorias são tanto mais necessárias quanto o ritmo de envelhecimento será rápido em Portugal, com projeções demográficas apontando para um tamanho populacional decrescente acentuadamente total, apesar de um número crescente de reformados”, refere. “Isso pode criar desequilíbrios no financiamento de pensões e, em última instância, exercer pressão descendente sobre os rendimentos das reformas”.
Tagus Park – Edifício Tecnologia 4.1
Avenida Professor Doutor Cavaco Silva, nº 71 a 74
2740-122 – Porto Salvo, Portugal
online@medianove.com