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Portugal e Marrocos chegam a acordo para reforçar migração legal entre os dois países

Os dois representantes chegaram a acordo sobre a necessidade de “reforçar e intensificar a cooperação no domínio da prevenção e combate à migração irregular e ao tráfico de seres humanos”. Desde dezembro, já desembarcaram 69 migrantes ilegais na região algarvia.
Cristina Bernardo
5 Agosto 2020, 16h42

Portugal e Marrocos pretendem concluir as negociações para reforçar e intensificar a cooperação entre os dois países para impedir a chegada de migrantes ilegais, ao Algarve, como se tem verificado nos últimos oito meses.

Durante esse período, a Polícia Marítima e a GNR intercetaram a chegada de 69 migrantes ilegais a Portugal provenientes do Norte de África. Estes desembarques no Algarve foram o tema que marcou a agenda numa reunião, esta quarta-feira, entre o ministro da Administração Interna Eduardo Cabrita e o ministro do Interior marroquino Abdelouafi Laftit.

De acordo com a nota divulgada, os dois representantes chegaram a acordo sobre a necessidade de “reforçar e intensificar a cooperação no domínio da prevenção e combate à migração irregular e ao tráfico de seres humanos” através de uma articulação entre o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras e o seu homólogo marroquino.

“Nesse sentido, foi também discutida a importância e o interesse mútuo na conclusão das negociações que estão a decorrer para um acordo de migração legal entre Portugal e Marrocos”, lê-se no comunicado.

O Algarve tem sido procurado por migrantes ilegais como porta de entrada para a Europa, tendência que se tem acentuado no últimos meses. Milhares de migrantes têm utilizado nos últimos anos as três principais rotas do Mar Mediterrâneo (Oriental, Central e Ocidental) para chegar ao continente europeu, pressionando principalmente os países do sul da União Europeia como Espanha, Itália e Grécia e agora, mais recentemente, Portugal.

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