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Portugal emitiu 862 milhões em dívida a dez anos com a taxa mais baixa de sempre

Agência liderada por Cristina Casalinho emitiu ainda 388 milhões de euros com maturidade a sete anos, pagando uma taxa de alocação de 0,763%.
13 Março 2019, 10h48

O IGCP – Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública emitiu esta quarta-feira um total de 1.250 milhões de euros em Obrigações do Tesouro (OT), num leilão duplo sete e dez anos.

A agência liderada por Cristina Casalinho vendeu 862 milhões de euros em dívida com maturidade em 15 de junho de 2029, tendo pago uma taxa de alocação de 1,298%, o valor mais baixo de sempre. No último leilão a 10 anos, a 13 de fevereiro, Portugal pagou uma taxa de alocação de 1,568%. Neste leilão a dez anos a procura superou a oferta em 1,62 vezes.

O Tesouro vendeu ainda 388 milhões de euros com maturidade a 21 de julho de 2026 e pagou uma taxa de alocação de 0,763%, que compara com a taxa de alocação de 3,668%, registada no último leilão com esta maturidade, realizada em 2017. No leilão de hoje com esta maturidade a procura superou a oferta em 2,52 vezes.

“Portugal emitiu dívida ao custo mais baixo de sempre, volta a emitir dívida de longo prazo com uma taxa inferior ao custo médio da sua dívida, e a valores bastante inferiores aos leilões anteriores”, disse Filipe Silva, analista do Banco Carregosa.

“A tendência de baixa tem sido uma constante nos últimos meses. O IGCP e o Estado Português estão a tirar partido do abrandamento económico que se refletiu novamente numa política monetária expansionista do BCE no passado dia 7 de março”, acrescentou.

Segundo o programa de financiamento para este ano do IGCP, o Estado vai emitir 15,4 mil milhões de euros em OT ao longo do ano, combinando vendas sindicadas e leilões. A instituição liderada por Cristina Casalinho antecipou, no início do ano, que o montante das necessidades de financiamento líquidas do Estado deverá situar-se este ano em cerca de 8,6 mil milhões de euros.

No mercado secundário, as yields portuguesas a dez anos negociam a 1,35%, depois de já ter registado 1,32% esta quarta-feira, segundo dados da Bloomberg.

(Atualizado)

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