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Portugal entre os países onde a Moody’s vê maiores riscos por os créditos em moratória terem menores coberturas por imparidades

Os créditos em balanço dos bancos da União Europeia que permanecem um longo prazo em moratória têm maior probabilidade de se tornarem não preformantes, com a qualidade de crédito a ser particularmente incerta em Itália, Chipre, em Portugal e na Hungria, diz a Moody’s Investors Service num relatório publicado na semana passada.
16 Maio 2021, 17h45

A Moody’s revela num relatório que, através do rácio de cobertura por imparidades dos empréstimos com moratória ativa e de outras exposições com qualidade de crédito deteriorada, os sistemas bancários em Chipre, Itália e Portugal parecem mais vulneráveis a um desempenho de crédito mais fraco em 2021.

As provisões para crédito nos sistemas bancários do Chipre, Itália e Portugal cobrem percentagens mais baixas de créditos vulneráveis ​​do que na maioria dos outros sistemas bancários da UE, alerta a Moody’s.

No total, cerca de  900 mil milhões de euros em empréstimos foram alvo da moratória atribuída em conformidade com as determinações da Autoridade Bancária Europeia (EBA) feitas em 2020. “Graças a medidas generosas de apoio governamental, muitos empréstimos foram cancelados e a EBA constatou que menos de 320 mil milhões de euros permaneciam ainda sob moratória no final de 2020, mas a redução não foi distribuída uniformemente pelos sistemas bancários”, refere o relatório da Moody’s.

Os créditos em balanço dos bancos da União Europeia que permanecem um longo prazo em moratória têm maior probabilidade de se tornarem não preformantes, com a qualidade de crédito a ser particularmente incerta em Itália, Chipre, em Portugal e na Hungria, diz a Moody’s Investors Service num relatório publicado na semana passada.

“Nós esperamos que os créditos problemáticos aumentem na maioria dos países da UE à medida que as medidas de apoio do governo forem retiradas”, disse Bernhard Held, autor do relatório.

“Os restantes créditos que beneficiam da moratória serão os principais focos de deterioração potencial do crédito, porque provavelmente terão qualidade de crédito mais fraca do que aqueles que retomaram o pagamento antes”, defende a Moody’s.

 

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