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Vacinas estão a perder “efetividade”. INSA apela à dose de reforço a toda a “população elegível” (com áudio)

Ainda que a o país se coloque na posição cimeira da vacinação contra o vírus, o especialista do INSA admite que Portugal está “claramente” num cenário intermédio, onde já há perda de efetividade da vacina, embora seja ainda numa fase “inicial”.
19 Novembro 2021, 16h09

O epidemiologista Baltazar Nunes confirmou que Portugal está perante um aumento no número de casos onde todas as regiões do país estão em “tendência crescente”. Durante a sua interveção na reunião de especialistas, esta sexta-feira, no Infarmed, o epidemiologista do Instituto Nacional de Saúde Ricardo Jorge (INSA) anunciou ainda que o número de casos tem vindo a “duplicar” a cada quinze dias.

Apesar deste cenário, o responsável referiu que Portugal é neste momento o país da Europa com a maior taxa de vacinação. Segundo Baltazar Nunes, “maior cobertura vacinal”, resulta numa “menor mortalidade”.

“Podemos claramente observar uma relação negativa: à medida que a cobertura vacinal aumenta a incidência a 14 dias diminui e Portugal coloca-se como o país claramente com melhor cobertura vacinal”, afirmou o especialista, acrescentando que na mortalidade, acontece o mesmo.

Ainda que a o país se coloque na posição cimeira da vacinação contra o vírus, o especialista recordou os três cenários para a evolução do outuno/inverno que tinha colocado na última reunião no Infarmed: no primeiro previa uma perda de efetividade da vacina e uma nova variante; num segundo antecipava uma perda após um ano e num terceiro não havia perda de efetividade.

“Claramente”, Portugal está num cenário intermédio: já há perda de efetividade da vacina, embora seja ainda numa fase “inicial”, afirmou.

Face a isto, e apesar do elevado ritmo e taxa de vacinação, Baltazar Nunes apela a que os portugueses adiram à atual campanha de reforço que abrange, neste momento, a população com mais de 65 anos. “Precisamos de vacinar praticamente toda a população elegível para a vacinação” antes do fim de dezembro, altura “de maior transmissão”.

Quanto às medidas, o responsável do INSA pede que devem ter em conta a atual taxa de incidência mas alerta que é “uma altura sazonal e que tipicamente colocam pressão sobre o sistema de saúde”.

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