Portugal financiou-se esta quarta-feira para o médio e longo prazo em mais de mil milhões de euros com a procura a superar a oferta.
O Tesouro financiou-se em 461 milhões a 5 anos com uma taxa de 2,347%, abaixo do registado na semana anterior. Já nas obrigações a 12 anos foi registada uma taxa de 3,416%, acima da emissão anterior.
“A dívida soberana tem registado uma elevada volatilidade nas últimas sessões, resultado do anúncio das tarifas impostas por Donald Trump e a dificuldade dos mercados em avaliar plenamente o impacto das mesmas. Prevê-se que o consumo seja afetado, que a inflação aumente e que possa ocorrer um abrandamento da economia global, caso não se verifiquem avanços nas negociações”, disse em comunicado Filipe Silva, Diretor de Investimentos do Banco Carregosa.
O analista aponta que em “períodos de maior instabilidade, a dívida soberana tende a funcionar como um ativo de refúgio. No caso das obrigações a 5 anos, as taxas recuaram face à semana anterior, ao passo que, nas obrigações a 12 anos, registou-se uma ligeira subida. Os movimentos observados estão também fortemente influenciados pelo desempenho do mercado acionista, uma vez que posições alavancadas obrigam os investidores a procurar liquidez, pressionando assim o mercado obrigacionista e as respetivas yields.”
Obrigações do Tesouro a 5 anos (data de vencimento em fevereiro 2030):mercados
Taxa/Yield: 2,347%
Montante/Amount: 461 milhões
Procura/Bid: 2,26 vezes a oferta
Obrigações do Tesouro a 12 anos (data de vencimento em abril 2037):
Taxa/Yield: 3,416%
Montante/Amount: 586 milhões
Procura/Bid: 2,01 vezes a oferta
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