Portugal foi o segundo país da União Europeia com a maior redução de falências no terceiro trimestre

O registo de novas empresas da União Europeia diminuiu 3,4% no terceiro trimestre deste ano em comparação com o trimestre anterior, enquanto a as falências declaradas caíram 1,3%. Os dados publicados pelo Eurostat, esta quarta-feira, revelam ainda que Portugal é o segundo país com a maior redução no número de falências e o terceiro país com o maior aumento no registo de novas empresas.

Segundo os dados do organismo de estatística, no terceiro trimestre deste ano, o número corrigido de sazonalidade de registos de empresas caiu 3,4% na União Europeia e 4,4% na zona euro, em comparação com o segundo trimestre. No segundo trimestre de 2021, o número de os registos de empresas aumentaram 5,6% na União Europeia e 6,8% na zona euro, em comparação com o primeiro trimestre.

Comparando o terceiro trimestre deste ano com o segundo trimestre, entre os Estados-membros para os quais existem dados disponíveis, os maiores aumentos nos registos de novas empresas foram observados na Roménia (+10,9%), nos Países Baixos (+7,4%) e em Portugal (+4,2%). Por outro lado, as maiores quedas registaram-se na Irlanda (-63,7%), Lituânia (-17,4%) e Letónia (-7,2%).

Por outro lado, comparando o terceiro trimestre com o segundo trimestre, entre os Estados-membros para os quais existem dados disponíveis, as maiores reduções no número de declarações de falências verificaram-se na Estónia (-31,6%), Portugal (-12,9%) e Países Baixos (-12,7%). Já os maiores aumentos nas declarações de falência foram observados na Roménia (+25,2%), Lituânia (+16,4%) e Eslováquia (+12,3%).

O retrato de novas empresas e falências mostram ainda que o número de registos de novas empresas na União Europeia foi 5% superior no terceiro trimestre face ao mesmo período de 2019, anterior à crise da pandemia, enquanto o número de declarações de falências diminuiu 26% no mesmo período.

“O número de registo de novas empresas tem tendencialmente aumentado na União Europeia desde 2015 até ao final de 2019. A tendência mudou com uma queda no primeiro e segundo trimestres de 2020, para recuperar novamente no terceiro trimestre de 2020. Houve uma ligeira diminuição no quarto trimestre de 2020 e no primeiro trimestre de 2021”, recorda o Eurostat, explicando que o número de registos aumentou novamente no segundo trimestre de 2021 e diminuiu no terceiro trimestre. “Em geral, os níveis de registos de empresas de 2021 são ligeiramente mais altos do que em 2019 e antes disso”, acrescenta.

Relativamente à diminuição das falências, o Eurostat observada em muitos Estados-Membros nos primeiros dois trimestres de 2020, pode ser explicada pelas medidas governamentais de apoio às empresas durante o início da crise da Covid que permitiram às empresas evitar a declaração de falência. “Depois disso, o número de declarações de falências aumentou durante três trimestres consecutivos, enquanto diminuiu novamente no segundo e terceiro trimestre de 2021. Os níveis de declarações de falência em 2021 ainda estão muito abaixo dos valores pré-crise de 2019”, acrescenta.