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Portugal foi o segundo país mais beneficiado com as compras de dívida do BCE

Estudo da Moody’s indica que aquisição de ativos do banco central reduziu as taxa de juros da zona euro entre 50 e 150 pontos base.
7 Dezembro 2017, 12h56

As compras de ativos do Banco Central Europeu (BCE) reduziram as taxas da obrigações soberanas da zona euro a dez anos entre 50 e 150 pontos base, indica um relatório da Moody’s publicado hoje, que aponta Portugal e Irlanda como os principais beneficiados pela política não convencional da instituição liderada por Mario Draghi.

“O impacto das compras do BCE nos títulos de dívida pública foi, em média, cerca de 50 pontos superior nos países periféricos da área do euro, face aos países do centro “, disse Colin Ellis, director executivo da Moody’s e  co-autor do relatório.

O relatório recorda que, na sequência da crise financeira, o BCE concentrou-se inicialmente em fornecer liquidez ao mercado interbancário, através de operações de refinanciamento, mas delineou depois vários programas de compra de ativos, nomeadamente de dívida pública, que se “materializaram  desde 2015”.

A agência de rating calcula que, até o final deste ano, o total de compras ao abrigo dos vários programas atinja 2,3 biliões de euros – cerca de um quinto do PIB da área do euro.

Ao analisar os diferentes impactos deste estímulo monetário, a Moody’s conclui que os países da periferia da área do euro foram mais beneficiados. No caso de Portugal, o impacto foi de cerca de 140 pontos base, ao passo que na Irlanda se aproxima dos 150 pontos base.

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