A medalha de prata de Patrícia Mamona, nos Jogos Olímpicos, em Tóquio, voltou a colocar Portugal no topo mundial do triplo salto. Mas em pleno Japão, a atleta alcançou outro feito. Ao saltar 15.01 metros, Patrícia Mamona entrou num clube mítico (desde 1993 foram registados 96 saltos acima dos 15 metros), provando mais uma vez a excelência do país nesta disciplina do atletismo. Mas neste percurso também faz parte Nélson Évora, que tem no seu palmarés um título mundial e olímpico.
A medalha de prata não deixa de ser uma espécie de passagem de testemunho, entre Nélson Évora e Patrícia Mamona. Isto porque, numa prova em que Patrícia Mamona entra no mítico clube dos 15 metros, no triplo salto, Nélson Évora prepara-se, em Tóquio, para dizer o adeus, aos Jogos Olímpicos.
Portugal no topo do triplo salto
A medalha de prata de Patrícia Mamona, em Tóquio, é a continuação de um percurso de excelência de Portugal, no triplo salto, do qual Nélson Évora tem sido um dos grandes mestres.
Nélson Évora, que se prepara para dizer o adeus olímpico, em Tóquio, tem o título olímpico de 2008, o título mundial de 2007, a que se juntam o segundo lugar no mundial de 2009, e os terceiros lugares nos mundiais de 2015 e 2017.
Nos campeonatos do mundo de pista coberta Nélson Évora ficou em terceiro em 2008 e 2018, ano em que foi campeão da Europa. Foi também campeão europeu, em pista coberta, em 2015 e 2017, e segundo em 2019.
Nos campeonatos da Europa de sub-23 foi terceiro. Foi campeão da Europa, em juniores, no salto em comprimento e no triplo salto em 2003.
Já Patrícia Mamona tem o título europeu em 2016, um segundo lugar no campeonato da Europa em 2012. Foi campeã da Europa, em pista coberta, em 2021, e obteve o segundo lugar em 2017. Foi também campeã universitária norte-americana em 2010 e 2011.
Se Nélson Évora e Patrícia Mamona têm sido o expoente máximo do triplo salto, nos últimos anos, não se pense que a disciplina se resume exclusivamente a eles. Outros atletas têm colocado o país no radar, embora não com a mesma notoriedade de Nélson Évora e Patrícia Mamona.
Portugal entre o passado, presente e futuro
Fazendo uma visita pelo passado, presente e futuro do triplo salto, em Portugal, há que mencionar Susana Costa, que tem como recorde pessoal 14.35 ao ar livre e 14.43 na pista coberta, e que por diversas vezes, juntamente com Patrícia Mamona representaram o país a nível internacional.
Susana Costa chegou a alcançar um quinto lugar e oitavo lugar num Campeonato da Europa, em 2016 e 2014, e quinto lugar e sétimo lugar nos Campeonatos da Europa, em pista coberta, em 2019 e 2017.
E a isto junta-se aquilo que pode ser a próxima geração.
Aqui inclui-se Evelise Veiga, que está presente nos Jogos Olímpicos em Tóquio, tendo ficado nas eliminatórias, e Tiago Pereira, que também está no Japão. Tudo indica que ambos podem ser os sucessores de Nélson Évora e Patrícia Mamona, nos grandes palcos mundiais.
Evelise Veiga já saltou 14.32 enquanto que Tiago Pereira tem como registo pessoal 17.11.
Quanto a Evelise Veiga começou o seu percurso internacional, a nível sénior, nos Campeonatos da Europa, em 2018, embora tenha estado no salto em comprimento, onde finalizou no oitavo lugar. Já Tiago Pereira faz a estreia internacional nos Jogos Olímpicos.
Há também Pedro Pablo Pichardo, que está também nos Jogos Olímpicos, e é um dos favoritos a vencer o triplo salto.
Pedro Pablo Pichardo, o antigo representante de Cuba, como português já foi campeão da Europa, em pista coberta, em 2021.
Quando representava Cuba chegou ao segundo lugar nos Campeonatos do Mundo em 2013 e 2015 e foi segundo nos Campeonatos do Mundo, de pista coberta, em 2014.
E na altura de destacar os feitos de Portugal no triplo salto, há também que salientar o trabalho realizado pelos respetivos treinadores. Do percurso de Nélson Évora fez parte durante muito tempo João Ganço e agora é Ivan Pedroso.
Susana Costa foi treinada por João Ganço, que também treina Tiago Pereira. Já Patrícia Mamona tem sido orientada por José Uva e Evelise Veiga por Cátia Ferreira, enquanto que Pedro Pablo Pichardo é treinado por Jorge Pichardo.
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