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Portugal regista recordes na produção solar enquanto a procura aumenta

O mercado voltou a estabelecer um recorde histórico na produção diária de energia fotovoltaica, atingindo 26 GWh no dia 15 de maio.
20 Maio 2025, 15h46

Na terceira semana de maio, os principais mercados elétricos europeus apresentaram uma evolução desigual, com a maioria dos preços semanais a ser inferior à semana anterior.

Apesar do aumento dos preços do gás e do CO2, a maior geração renovável e a diminuição da procura contribuíram para a contenção dos preços.

Em Portugal, o mercado voltou a estabelecer um recorde histórico na produção diária de energia fotovoltaica, atingindo 26 GWh no dia 15 de maio.

A produção solar fotovoltaica aumentou em toda a Europa, com Portugal a registar um crescimento de 13%, seguindo uma tendência positiva na península ibérica, de acordo com as previsões de produção solar da AleaSoft Energy Forecasting.

A produção eólica também aumentou em Portugal, com um incremento de 12%, apesar de quedas em outros países como Espanha e França.

A procura elétrica durante a semana do 12 de maio diminuiu na maioria dos mercados europeus, com Portugal a ser uma exceção, apresentando um aumento de 2,2%. Este aumento na procura foi impulsionado pelo aumento das temperaturas, que subiram entre 1,6°C e 1,8°C em vários mercados, favorecendo a necessidade de consumo.

Os preços médios dos mercados elétricos europeus variaram, com o mercado português (MIBEL) a registar uma queda de 25%, enquanto os mercados espanhol e francês viram aumentos significativos, de 47% e 140%, respetivamente.

As previsões para a quarta semana de maio indicam que os preços devem aumentar na maioria dos mercados, embora os preços na península ibérica possam continuar a descer devido ao aumento da produção eólica e solar.

Além disso, os preços do petróleo Brent superaram os 65 dólares por barril, enquanto os futuros de gás TTF mantiveram-se acima de 35 euros/MWh.

A falta de avanços nas negociações de paz entre Rússia e Ucrânia continua a influenciar os preços do gás, que, juntamente com previsões de temperaturas mais baixas, contribui para a instabilidade no mercado energético.

 

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