[weglot_switcher]

Poupança dos portugueses entre as que mais cresceu em tempo de pandemia

Segundo as estimativas do Eurostat, a taxa de poupança das famílias aumentou em quase todos os estados-membros, no segundo trimestre de 2020. Irlanda, Espanha e Portugal integram o pódio de países do bloco europeu onde se assistiu às maiores poupanças
29 Outubro 2020, 10h47

Portugal está entre os três principais países do bloco europeu que viu as as suas poupanças familiares a aumentarem.

Segundo as estimativas do Eurostat, divulgadas esta quinta-feira, a taxa de poupança das famílias aumentou em quase todos os estados-membros, no segundo trimestre de 2020 quando comparado ao trimestre anterior, exceto na Suécia, que viu as suas poupanças familiares recuarem 3,2 pontos percentuais (p.p).

Os maiores acréscimos foram observados na Irlanda (+18,1 pp), Espanha (+ 12,3 pp) e Portugal (+ 9,6 pp) e foi motivado pela pela forte redução da despesa de consumo individual devido aos constragimentos da pandemia.

Por sua vez, a taxa de investimento das famílias esteve em queda na zona euro, e na UE variou entre os estados-membros. No segundo trimestre de 2020, a avaliação do investimento aumentou 0,9 pontos percentuais na zona euro e 0,7 pontos percentuais na UE.

Entre os estados-membros para os quais existem dados disponíveis, oito estados-membros registaram um decréscimo da taxa de investimento das famílias, com as maiores quedas na Irlanda (-3,1 pp), França (-1,3 pp) e Itália (-1,1 pp). Pelo contrário, a taxa de investimento das famílias aumentou na Finlândia, Suécia e Portugal, e manteve-se estável na Dinamarca

Quanto ao consumo real das famílias na zona euro, este continuou em queda, tendo atingindo um agravamento mais expressivo no segundo trimestre de 2020.

Segundo as contas do Eurostat, o consumo real das famílias per capita caiu 10,7% na zona euro, após uma diminuição de 3,3% no trimestre anterior. Essa queda foi uma reação às medidas de restrição que, apesar de terem aligeirado, provocaram um tombo neste índice. Trata-se da maior queda desde 1999.

Quanto ao rendimento real familiar per capita, este diminuiu no segundo trimestre de 2020 em 3,2%, após um aumento ligeiro de 0,5% no primeiro trimestre.

Na União Europeia, o consumo real per capita das famílias diminuiu 12,3% no segundo trimestre de 2020, após uma redução de 3,2% no trimestre anterior. Segundo o Eurostat, esta também é a maior desde o início da série histórica em 1999.

No que toca ao rendimento real das famílias per capita, este diminuiu 4,8% no segundo trimestre de 2020, após um aumento de 0,5% no primeiro trimestre de 2020.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.