Portugueses estão a viajar mais para o estrangeiro e planeiam tudo na internet

No segundo trimestre de 2019, as viagens realizadas pelos portugueses com destino ao estrangeiro registaram um crescimento de 33,2%, totalizando 828,2 mil (14,8% do total), divulgou esta sexta-feira, dia 25, o Instituto Nacional de Estatística (INE).  Um resultado que, acrescenta o Instituto, “poderá estar influenciado pelo desfasamento do calendário do período da Páscoa, que este ano ocorreu em meados de abril, enquanto no ano anterior teve influência repartida entre março e abril”.

Na análise à procura turística dos residentes, no referido período do ano, foi ainda apurado que os residentes em Portugal realizaram 5,6 milhões de viagens, o que correspondeu a um crescimento de 18,0%1 (4,4% acima do registado no 1.º trimestre de 2019 e mais 6,3% do que no 4.º trimestre de 2018). Foi ainda verificado que 85,2% das viagens decorreram em território nacional, revelando um aumento de 15,7%.

Quanto à motivação para viajar, lidera o “Lazer, recreio ou férias” que pautou 2,7 milhões de viagens, numa subida de 26,6%, tendo aumentado a sua representatividade em 3,3 p.p.2 (48,6% do total, face a 45,3% no trimestre homólogo), sendo que liderou como principal motivo para viajar quer nas deslocações nacionais, quer nas deslocações ao estrangeiro, concentrando, respetivamente, 46,8% (mais 3,7 p.p.) e 58,9% (menos 1,0 p.p.) das viagens.

As viagens por motivos “profissionais ou de negócios” (521,4 mil) revelaram um aumento de 21,6% e reforçaram o seu peso relativo em 0,3 p.p. (representando 9,3% do total).

Sobre as opções de alojamento, os “hotéis e similares” concentraram 31,5% das dormidas, reforçando a sua representatividade (mais 3,5 p.p.). O “alojamento particular gratuito” manteve-se como a principal opção de alojamento (57,5% das dormidas), apesar da redução do seu peso no total (menos 0,9 p.p.).

Internet ganha terreno na organização das viagens ao estrangeiro

No 2.º trimestre deste ano, a internet foi utilizada na organização de 24,0% das deslocações, num aumento de 4,7 p.p., tendo este recurso sido opção em 63,2% (mais 7,6 p.p.) das viagens para o estrangeiro.

Segundo o INE,  37,1% das viagens foram efetuadas recorrendo à marcação prévia de serviços (mais 4,9 p.p.), proporção que atingiu 93,9%, subindo 3,8 p.p., no caso de deslocações com destino ao estrangeiro. Nas viagens em território nacional, a reserva antecipada de serviços esteve associada a 27,2% (mais 3,8 p.p.).