Portugueses vão fornecer plataformas a mega-projeto eólico offshore no Báltico.
A empresa portuguesa de engenharia Etermar fechou um contrato para fornecer mais de 100 plataformas externas para a central eólica offshore Baltica 2, a maior no Mar Báltico.
O contrato foi fechado com a Orsted, a gigante energética dinamarquesa, líder mundial no offshore, e a polaca PGE, a maior elétrica do país.
O Baltica 2 deverá estar operacional no final de 2027, com uma potência de 1,5 gigawatts, com a capacidade para abastecer 2,5 milhões de lares: 5.000 GWh produzidos por ano, 3% da produção total da Polónia, evitando 8 milhões de toneladas de emissões anuais de CO2.
“A Etermar iniciou neste mês de Março o contrato para o fabrico, armazenamento e carregamento para embarque de mais de 100 plataformas de trabalho externas de acesso à Torre das Turbinas Eólicas (WTG). Todas as estruturas serão entregues com porta de acesso, e duas delas serão equipadas com plataformas radar”, segundo comunicado da Etermar.
O projeto será realizado nas instalações da Etermar em Setúbal, local que “alberga o único terminal portuário privado do país. Desenvolvido a partir do Porto de Setúbal, este contrato coloca a região e o porto português no mapa como um importante polo de exportação para o mercado eólico offshore”.
Luís Machado, diretor-executivo da Etermar Energia disse em comunicado: “Este contrato é uma grande conquista para a Etermar e um motivo de orgulho. Mostra que, após quase três anos de rigorosos processos de auditoria, homologação e concurso, fomos capazes de ganhar a confiança da Ørsted, o maior e mais experiente promotor de energia eólica offshore do mundo. Estamos igualmente entusiasmados por trabalhar com a PGE, o principal produtor de energia da Polónia, que está a liderar a mudança na indústria energética da região. Mais do que um selo de confiança numa das indústrias mais rigorosas do planeta, esta parceria é uma excelente oportunidade para continuarmos a mostrar o nosso empenho em fornecer soluções logísticas e de fabrico de alta qualidade para este setor em crescimento. Mostra ainda que a indústria eólica offshore portuguesa pode competir e vencer fora das suas fronteiras”.