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Portugueses mais preocupados com poupança e com “desconforto” para contrair empréstimos

O inquérito “Observatório Tendências 2020”, realizado pelo Grupo Ageas Portugal e e a Eurogoup Consulting Portugal, concluiu que 39% dos inquiridos sentiram um aumento das necessidades de poupança por causa da pandemia e que preferem não contrair um empréstimos nos próximos meses.
30 Outubro 2020, 16h11

Face aos impactos económicos da pandemia de Covid-19, mais de um terço dos portugueses realça que as necessidades a poupança aumentaram, apesar de considerarem que os rendimentos não vão sofrer alterações nos próximos 18 meses.

Segundo os resultados do inquérito “Observatório de Tendências 2020 “, desenvolvido pelo Grupo Ageas Portugal e a Eurogoup Consulting Portugal, que identifica tendências que emergiram por causa da pandemia, 39% dos inquiridos revelaram que as necessidades de poupança aumentaram, nomeadamente entre os agregados familiares compostos por quatro pessoas ou mais.

“Estes resultados vão ao encontro dos dados divulgados pelo INE, que revelam que a taxa de poupança dos portugueses foi, no segundo semestre de 2020, a mais alta em sete anos (10,6%), aumento que se explica pela forte redução do consumo e pela adesão às moratórias”, lê-se no comunicado que divulgou as conclusões do inquérito.

O inquérito concluiu também que mais de 25% dos inquiridos prefere poupar dinheiro nos próximos meses do que gastá-lo.

Ainda que as necessidades de poupança tenham aumentado, o inquérito concluiu ainda que 59% dos inquiridos está confiante no facto de o nível dos rendimentos não sofrer alterações nos próximos 18 meses.

Apesar disso, os portugueses (62%) demonstraram “desconforto” em contrair um empréstimo ou hipoteca num futuro próximo.

Realizado entre os dias 9 e 23 de setembro, participaram no inquérito “Observatório de Tendências 2020” 1.744 adultos residentes em Portugal continental.

O inquérito identificou ainda que os portugueses revelaram cuidados acrescidos com a saúde, uma vez que 45% dos inquiridos evidenciou um aumento das necessidades de proteção da saúde pessoal, especialmente entre as mulheres, mais jovens e os inquiridos com menores rendimento.

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