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Portugueses pretendem gastar menos e poupar mais este ano

Enquanto que um terço dos portugueses revela ter intenções de gastar mais do que em 2020, mais de metade afirma reforçar os esforços na poupança, um indicador que coloca Portugal situa-se acima da média europeia.
1 Junho 2021, 12h34

Embora 2021 se traduza num ano de recuperação económica face aos impactos da pandemia em 2020, os portugueses continuam reticentes quanto aos seus gastos, um panorama que é semelhante ao contexto europeu.

De acordo com os dados divulgados no Barómetro Europeu do Consumo Cetelem 2021, esta terça-feira, apenas 34% dos portugueses diz ter intenções de gastar mais do que em 2020, um valor que se assemelha à média europeia e que representando um aumento de 3 pontos percentuais (p.p) comparativamente a 2020, altura em que 31% afirmava estar em condições de gastar mais do que em 2019. Em Itália, por norma um dos países onde o consumo é maior, este valor é de 38%, verificando-se a queda mais significativa (-26 p.p).

É a nível da poupança que se vê um aumento em termos de consumidores: 54% dos europeus afirmam que pretendem poupar mais do que no ano anterior, um aumento de 3 p.p e um valor recorde. Em Portugal, as intenções de poupança desceram 1 p.p face a 2020, apesar de permanecerem historicamente elevadas (59%) e estarem acima da média europeia (54%). Em Itália, estas intenções aumentaram 11 pontos, para 51%, mas continuam abaixo da média europeia.

O Barómetro indica também que, independentemente da capacidade financeira, há menos vontade de consumir: 48% dos europeus defendem esta ideia, com 26% a referir que não pretende consumir mesmo tendo capacidade para o fazer. Os restantes 22% indicam que não o querem fazer pois, de facto, não possuem meios financeiros para tal.

Os valores registados em contexto nacional assemelham-se à média europeia, com 47% dos portugueses a ter menos vontade de consumir, embora 22% dos mesmos tenha capacidade financeira para tal. Em contexto europeu, é em países como a Áustria (62%) e França (55%) que o desejo de consumir está mais ausente.

Os gastos com viagens e lazer (47%) são aqueles que apresentam uma maior expressão em contexto europeu, embora registem uma quebra na ordem dos 13 pontos percentuais em comparação com o ano anterior. Na segunda e na terceira posições das intenções de compra dos europeus destacam-se, respetivamente, os eletrodomésticos (42%) e os smartphones (38%).

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