Embora 2021 se traduza num ano de recuperação económica face aos impactos da pandemia em 2020, os portugueses continuam reticentes quanto aos seus gastos, um panorama que é semelhante ao contexto europeu.
De acordo com os dados divulgados no Barómetro Europeu do Consumo Cetelem 2021, esta terça-feira, apenas 34% dos portugueses diz ter intenções de gastar mais do que em 2020, um valor que se assemelha à média europeia e que representando um aumento de 3 pontos percentuais (p.p) comparativamente a 2020, altura em que 31% afirmava estar em condições de gastar mais do que em 2019. Em Itália, por norma um dos países onde o consumo é maior, este valor é de 38%, verificando-se a queda mais significativa (-26 p.p).
É a nível da poupança que se vê um aumento em termos de consumidores: 54% dos europeus afirmam que pretendem poupar mais do que no ano anterior, um aumento de 3 p.p e um valor recorde. Em Portugal, as intenções de poupança desceram 1 p.p face a 2020, apesar de permanecerem historicamente elevadas (59%) e estarem acima da média europeia (54%). Em Itália, estas intenções aumentaram 11 pontos, para 51%, mas continuam abaixo da média europeia.
O Barómetro indica também que, independentemente da capacidade financeira, há menos vontade de consumir: 48% dos europeus defendem esta ideia, com 26% a referir que não pretende consumir mesmo tendo capacidade para o fazer. Os restantes 22% indicam que não o querem fazer pois, de facto, não possuem meios financeiros para tal.
Os valores registados em contexto nacional assemelham-se à média europeia, com 47% dos portugueses a ter menos vontade de consumir, embora 22% dos mesmos tenha capacidade financeira para tal. Em contexto europeu, é em países como a Áustria (62%) e França (55%) que o desejo de consumir está mais ausente.
Os gastos com viagens e lazer (47%) são aqueles que apresentam uma maior expressão em contexto europeu, embora registem uma quebra na ordem dos 13 pontos percentuais em comparação com o ano anterior. Na segunda e na terceira posições das intenções de compra dos europeus destacam-se, respetivamente, os eletrodomésticos (42%) e os smartphones (38%).
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