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Poupar e investir na habitação: Veja como pode ser bem sucedido

Comprar casa é das decisões mais importantes na vida de um cidadão. Mas pode ser também um bom investimento. Rentabilidades no segmento residencial em zonas prime andam entre os 4% e os 5%.
21 Dezembro 2019, 19h00

Já diz o ditado: ano novo, vida nova e uma forma de levar esta expressão à letra pode ser através do investimento numa nova habitação. No entanto, existem alguns factores que deve ter em consideração na hora de avançar para a compra de uma residência, por forma a poder poupar mais uns euros e não correr riscos de endividamento. Por outro lado, a aquisição de uma casa pode também ser uma boa fonte de investimento, assim saiba analisar todas as vertentes necessárias para conseguir ser bem sucedido. A plataforma comparadora de serviços “Compara Já”, deixa alguns conselhos que deve ter em conta seja na hora de poupar ou de investir na sua habitação.

Pesquise, analise e só depois escolha
Uma das maneiras de encontrar casas a preços mais acessíveis é nos leilões levados a cabo pelo Fisco.
Para isso, basta dirigir-se ao portal das finanças para poder ter acesso aos imóveis e às datas dos leilões, onde se pode inscrever. Além disso, pode ainda analisar as casas detidas pelos bancos e caso opte por comprar alguma, garante condições mais vantajosas de financiamento, que em alguns casos pode ser de 100%.

Se a sua decisão passa por comprar uma casa de forma antecipida, o primeiro passo é começar a poupar para conseguir uma boa entrada. Assim, vai arranjar mais facilmente o financiamento e dessa forma pagar o empréstimo durante menos tempo. Com esta medida vai também poder pagar prestações mais reduzidas, bem como poupar nos juros.

Não dê um passo maior que a perna
Antes de avançar para a compra de casa olhe para o seu ‘bolso’ e faça as contas sobre os seus gastos mensais, para perceber quais são as despesas que costuma ter, de forma a saber qual o valor que pode dispensar para empréstimo.Compre a habitação apenas se for possível, para evitar problemas desnecessários no futuro.
O mesmo cenário aplica-se na escolha da casa. Não compre uma residência que não pode pagar ou que seja demasiado grande para as suas necessidades. Opte por um espaço adequado ao seu agregado familiar e assim não terá despesas desnecessárias futuras.

Depois de analisar todos estes parâmetros e se a sua vontade é mesmo comprar casa é hora de comparar as condições de financiamento bancário. Simule os empréstimos mais vantajosos para si. Esteja atento a todos os incentivos à compra existentes e tente negociar o spread com o seu banco. Ter um bom historial de crédito (ou seja, não ter o seu nome na lista negra do Banco de Portugal) e não ter dívidas são dois fatores muito relevantes para as instituições aquando do pedido de financiamento.

Investir e poupar
“Procurar zonas onde a oferta for inferior à procura, ou seja onde os preços durante a crise não desceram mais de 10%” é de acordo com Daniela Costa, consultant & research da Prime Yield, uma boa forma de poupar e investir na compra de uma habitação.

Por sua vez, Nuno Nunes, senior director do departamento de capital markets da CBRE, olha para o ponto de vista das yields que por norma “estão associados a pequenos montantes, que nunca são inferiores a 200 mil euros”, sendo “dificil encontrar investimentos no imobiliário direto abaixo deste valor”.

Na hora de pesar na balança o peso do lucro e da poupança, o responsável afirma que desde logo é necessário ”tentar perceber, por exemplo, num apartamento de 100 mil euros que renda é que vai gerar. Se conseguir uma renda de mil euros anuais está a fazer um mau investimento, porque há investimentos alternativos que lhe dão mais rendimentos”, salienta.

Contudo, refere Nuno Nunes, “se conseguir uma rentabilidade de 10% está a fazer um ótimo investimento, porque a rentabilidade duplica”, isto porque, “a rentabilidade típica no investimento residencial anda entre os 4% e 5% nas zonas primes. Se com esse apartamento conseguir uma rentabilidade acima desse valor está claramente a fazer um bom negócio”, explica o responsável da CBRE.

Outra análise que deve fazer é “perceber se está a comprar em termos do valor do m2, abaixo ou acima do preço zona. Se for acima está a fazer um mau negócio a menos que esse apartamento tenha alguma característica diferenciadora como é o caso de um jardim”, sublinha Nuno Nunes.

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