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Powell reforça confiança no sistema bancário norte-americano

O presidente da Fed afastou preocupações de maior com a estabilidade financeira, mesmo depois das falências de bancos regionais este ano e de uma ligeira perda de fulgor no mercado imobiliário. A variedade de bancos comerciais é uma fonte de força da economia, e não uma vulnerabilidade, acrescentou.
28 Junho 2023, 17h41

A Reserva Federal não se mostra preocupada com o sistema financeiro norte-americano, mesmo depois do stress em alguns bancos regionais no início deste ano e apesar de alguma fraqueza e sinais negativos vindos do mercado imobiliário. A garantia foi deixada pelo presidente do banco central, Jerome Powell, no Fórum do Banco Central Europeu (BCE), em Sintra.

No painel que reuniu Powell com os seus homólogos europeu, britânico e japonês, o presidente da Fed admitiu que os problemas na banca norte-americana no início deste ano podem levar a algumas fraquezas que demorarão a materializar-se, como a perda de credibilidade, mas expressou confiança na solidez dos bancos.

Ainda assim, Powell argumenta que o número de bancos na maior economia do mundo e, sobretudo, a variedade de modelos de negócio que apresentam é uma fonte de força para o país, e não uma fragilidade. Como tal, “é importante que quaisquer alterações [regulatórias] que façamos tenham em linha de conta os modelos de negócio destes bancos mais pequenos”, sublinhou.

Por outro lado, e apesar dos sinais mais recentes de algum afrouxamento no mercado imobiliário, “os principais bancos não têm grandes concentrações de imobiliário comercial, o que é bom”. A palavra de ordem, no entanto, é “monitorização”, com a Fed a garantir manter-se atenta a este sector tão importante na maior economia mundial.

Quem também está atento é o mercado, que tem antecipado as decisões do banco central, muitas vezes de forma errada. Powell lembrou as oscilações nas expectativas dos investidores e analistas, reiterando que cortes de juros não devem ser esperados este ano. Ao mesmo tempo, e apesar de se manter atenta ao comportamento dos investidores, a tomada de decisão relativa à política monetária em nada é influenciada pelas expectativas do mercado, garantiu.

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