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PP diz que Sánchez tem um problema judicial e pede para espanhóis não se deixarem enganar

“Não se deixem enganar. Espanha não tem um problema, quem tem um problema judicial é o senhor Sánchez”, disse Feijóo, numa declaração aos jornalistas no dia em que dirigentes do Partido Socialista (PSOE) denunciaram uma “guerra suja” da direita e extrema-direita espanholas contra o primeiro-ministro e a sua família, baseada em campanhas de desinformação e ataques pessoas na internet.
epa10813845 Spain’s People’s Party (PP) leader Alberto Nunez-Feijoo addresses a press conference at Moncloa Presidential Palace after his meeting with Spain’s King Felipe VI in Madrid, Spain, 22 August 2023. King Felipe VI is to meet leaders from the seven political parties represented at Parliament before proposing a candidate for Primer Minister to be voted at Parliament. EPA/J. P. GANDUL
27 Abril 2024, 14h43

O líder do Partido Popular de Espanha (PP), Alberto Núñez Feijóo, disse que o primeiro-ministro do país, Pedro Sánchez, tem “um problema judicial” devido a suspeitas de corrupção e considerou uma “frivolidade absoluta” a ameaça de demissão.

“Não se deixem enganar. Espanha não tem um problema, quem tem um problema judicial é o senhor Sánchez”, disse Feijóo, numa declaração aos jornalistas no dia em que dirigentes do Partido Socialista (PSOE) denunciaram uma “guerra suja” da direita e extrema-direita espanholas contra o primeiro-ministro e a sua família, baseada em campanhas de desinformação e ataques pessoas na internet.

Feijóo, como já tinha afirmado na quinta-feira passada, acusou o líder dos socialistas, Pedro Sánchez, de “frivolidade absoluta” por ter dito que pensava demitir-se por causa do que considera ser uma perseguição e uma “máquina de lodo” do PP e do Vox (extrema-direita).

“Há pessoas que têm problemas e querem transferi-los para as pessoas”, disse hoje Feijóo, que acrescentou que “os espanhóis não podem estar preocupados com os problemas do Sr. Sánchez, é o Sr. Sánchez que se deve preocupar com os problemas dos cidadãos”.

Feijóo, que falava aos jornalistas na Catalunha, onde está em curso a campanha das eleições autonómicas de 12 de maio, disse que os problemas de Sánchez são “os alegados casos de corrupção que afetam o seu Governo, o seu partido e a sua família”.

O líder do PP – o maior partido no parlamento espanhol atualmente – acusou ainda Sánchez de estar a atacar juízes, tribunais, jornalistas e meios de comunicação e com isso estar “a demitir-se da democracia”.

Pedro Sánchez revelou que pondera demitir-se na quarta-feira, no dia em que um tribunal confirmou a abertura de um “inquérito preliminar” por alegado tráfico de influências e corrupção da sua mulher, Begoña Gomez, na sequência de uma queixa de uma organização conotada com a extrema-direita e que o Ministério Público já pediu para ser arquivada por falta de fundamento.

O líder do PSOE e do Governo prometeu uma declaração ao país sobre o seu futuro na segunda-feira.

A Comissão Federal do PSOE, órgão máximo do partido entre congressos, reuniu-se em Madrid, sem a presença do secretário-geral, para pedir a Sánchez que não se demita e, pela voz da “número dois” do partido e do Governo, a ministra Jose María Montero, denunciou uma “guerra suja” da direita e extrema-direita contra o primeiro-ministro e a sua família, baseada em campanhas de desinformação que comparou a outras ocorridas no Brasil, Estados Unidos, Argentina e “muitos países europeus”.

Enquanto decorria a reunião, mais de dez mil pessoas, segundo o PSOE e as autoridades locais, manifestaram-se em Madrid, para pedir a Pedro Sánchez para não se demitir.

PP e Vox acusam Sánchez, desde quarta-feira, de estar a vitimizar-se e a fazer “um espetáculo” que envergonha o país internacionalmente, para desviar as atenções de suspeitas de corrupção e para fazer campanha em véspera de várias eleições (regionais e europeias).

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