A deputada do Partido Socialista Susana Correia assinala, em declarações ao Jornal Económico (JE), que não se lembra de ter visto a reconversão de cinco hospitais em parecerias público-privadas (PPP) no programa eleitoral da Aliança Democrática (AD) e encara o passo que será dado no Conselho de Ministros desta sexta-feira, em plena crise política, como um “acelerar” daquela que é a vontade do Governo sobre o tema.
“Atendendo ao contexto político que vivemos, esta notícia de hoje é um acelerar de uma vontade deste Governo de acelerar as PPPs”, declarou Susana Correia, assinalando, ao mesmo tempo: “Ainda estou para ver que pressa vai dar à transferência de Hospitais para as Misericórdias, como disse a ministra da Saúde no Parlamento, uma decisão política, compromisso do tempo de Passos Coelho, e que em nada consegue provar que acrescenta valor aos utentes, ou reforça o Serviço Nacional de Saúde.”
A parlamentar socialista, que trabalha estas questões na comissão de Saúde, defende que “não podemos exigir os resultados às Unidades Locais de Saúde (ULS) para os quais não tenham os meios necessários para os alcançar”. Susana Correia lembra que “as regras de exigência e os meios ao alcance” são diferentes entre o público e o privado, e, por isso, “não podemos comparar o que é incomparável”.
A deputada sublinha que PS não tem “nada contra as PPP”, mas entende que “ainda existe muito a fazer na possibilidade de dar às ULS as condições necessárias para melhor resultados” que não passem pela “transferência de recursos do público para o privado”
O tema das PPP na saúde está em discussão no Conselho de Ministros desta sexta-feira. Em causa, segundo noticiou o Público, estão cinco hospitais: Loures, Amadora-Sintra, Vila Franca de Xira, Garcia de Orta e Braga.
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