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Precariedade habitacional e laboral e transportes na origem do aumento de casos de Covid-19 em Loures

“Estamos a falar de uma população ativa que trabalha. A subsistência acaba por ser mais forte do que o confinamento. Confirma-se que não estamos todos no mesmo barco e que as condições sociais são um fator agravante da covid-19”, apontou o autarca.
12 Junho 2020, 14h27

A precariedade habitacional, laboral e a necessidade de utilização de transportes públicos são as principais causas para o aumento das infeções no concelho de Loures, anunciou hoje a autarquia, indicando que se registam 500 casos ativos. O município de Loures, no distrito de Lisboa, é um dos concelhos da região de Lisboa e Vale do Tejo que regista mais casos positivos da covid-19, com um total acumulado de 1.383 desde o início da pandemia.

No entanto, numa conferência de imprensa realizada ao final da manhã, o presidente da Câmara Municipal de Loures, Bernardino Soares (CDU), ressalvou que desses casos mantêm-se ativos 33%, ou seja, cerca de 500.

O autarca explicou que existe uma equipa de trabalho, composta por elementos da Saúde Pública, Segurança Social e Câmara Municipal no terreno e que “todos os focos estão identificados”, assim como “as medidas necessárias para os controlar”.

Relativamente às razões para o aumento de casos, os responsáveis apontam para as situações de precariedade habitacional, social e a necessidade de utilização de transportes públicos. “Estamos a falar de uma população ativa que trabalha. A subsistência acaba por ser mais forte do que o confinamento. Confirma-se que não estamos todos no mesmo barco e que as condições sociais são um fator agravante da covid-19”, apontou.

Neste momento, as freguesias mais afetadas no concelho são as uniões de freguesia de Camarate, Unhos e Apelação e a de Sacavém e Prior Velho. Portugal regista hoje 1.505 mortes relacionadas com a covid-19, mais um do que na quinta-feira, e 36.180 infetados, mais 270, segundo o boletim epidemiológico divulgado pela Direção-Geral da Saúde.

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