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Preço da habitação afunda para mínimos de 2009 no Reino Unido

É a maior queda mensal desde Fevereiro de 2009, de acordo com os dados da Nationwide Building Society. As transacções imobiliárias também decresceram 53% ao longo do mês de abril, comparadas com o mesmo mês do ano passado.
  • Londres, Inglaterra – 122 euros
2 Junho 2020, 11h10

No mês passado, os preços das casas em todo o Reino Unido registaram a queda mais abrupta desde a crise financeira de 2009, já que os possíveis compradores recuaram e decidiram esperar seis meses antes de regressar ao mercado imobiliário, na esperança de que o impacto do novo coronavírus na economia tenha diminuído.

O preço médio de uma casa caiu 1,7% em maio em relação ao mês anterior, para 218.902 libras, de acordo com os dados do Nationwide Building Society — um dos maiores investidores de imóveis do Reino Unido — e citados pelo “The Guardian”, esta terça-feira. Este recuo ocorre após a ligeira subida de de 0,9%, registada no mês de abril. Olhando para o histórico do mercado imobiliário, esta é a maior queda mensal desde fevereiro de 2009.

As medidas de confinamento impostas no Reino Unido impediram as mudanças de casa (para além das “razoavelmente necessárias”) e os agentes imobiliários foram impedidos de colocar novas no mercado. As visitas também foram interrompidas. O mercado reabriu em meados de maio, mas o optimismo que se sentia no sector no início do ano desapareceu.

A taxa de crescimento anual diminuiu para 1,8%, abaixo dos 3,7% registado em abril, fazendo com o mês de maio tenha acumulado o menor crescimento desde dezembro de 2019.

Os dados da Receita e Alfândega da Coroa (HMRC , sigla em inglês) demonstraram que as transações de imóveis residenciais também afundaram, tendo registado uma queda de 53% em abril, em comparação com o mesmo mês de 2019.

Em todo o país, por causa das medidas de confinamento impostas pelo governo de Boris Johnson, os potenciais compradores agora planeiam esperar, em média, mais seis meses antes de tentar entrar no mercado novamente, enquanto que 12% da população adiou mudar de casa e uns 22% optaram por não fazer renovações no seu imóvel para já.

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