O preço do metro quadrado da habitação em Portugal foi, no terceiro trimestre de 2020, de 1.168 euros, um aumento homólogo de 7,6%. Os dados revelados esta terça-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) mostram ainda que, apesar do aumento homólogo verificado neste período na Área Metropolitana de Lisboa, o município da capital foi o único dos 24 com mais de 100 mil habitantes onde se registou uma diminuição do indicador.
A publicação destaca os aumentos verificados nas sub-regiões do Algarve, Área Metropolitana de Lisboa, Região Autónoma da Madeira e Área Metropolitana do Porto, onde o preço mediano dos alojamentos familiares é superior ao do resto do país. Os aumentos de 7,7%, 10,6%, 12,2% e 13,7%, respetivamente, são os mais expressivos a nível nacional.
Para 12 das 25 sub-regiões nacionais, o aumento deste indicador sofreu uma ligeira desaceleração. Neste grupo destaca-se as Beiras e Serra da Estrela, com menos 35,3 pontos percentuais (p.p.), o Alentejo Central, com uma variação negativa de 28 p.p., e Terras de Trás-os-Montes, onde o indicador caiu 20,4 p.p.
A nível municipal, 10 dos 24 municípios com mais de 100 mil habitantes em Portugal registaram uma desaceleração dos preços, sendo seis destes situados na Área Metropolitana de Lisboa e um, Matosinhos, na do Porto.
Analisando o ano terminado no terceiro trimestre de 2020, o preço mediano dos alojamentos familiares foi de 1.160 €/m2, um aumento de 2,0% em relação ao trimestre anterior e de 10,1% em termos homólogos. 47 municípios registam um preço superior a este valor mediano, sendo que a grande maioria das sub-regiões do Algarve (14 em 16 municípios) e da Área Metropolitana de Lisboa (15 em 18) se enquadram nesta métrica.
A Área Metropolitana de Lisboa regista ainda a maior amplitude de preços entre municípios. A capital apresenta ainda o indicador mais elevado entre as cidades com mais de 100 mil habitantes, um subconjunto que apresentou todo ele aumentos homólogos no preço da habitação. Vila Nova de Gaia lidera estes crescimentos, com o metro quadrado 13,1% mais caro do que em igual período do ano anterior. Numa análise em cadeia, o maior aumento verifica-se na cidade do Porto.
Ainda assim, Lisboa voltou a registar um crescimento homólogo inferior ao nacional e o menor entre as cidades com mais de 100 mil habitantes, com um aumento de 5,3%. É também em Lisboa que se verifica a maior diferença entre alojamentos novos e existentes, registando valores medianos de 4.486 €/m2 e 3.255 €/m2, respetivamente, e onde este indicador é mais elevado em todas as tipologias.
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