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Preço do barril de petróleo aumenta depois do acordo da OPEP+. Brent negoceia acima dos 31 dólares

O acordo histórico é uma resposta aos efeitos que a pandemia da Covid-19 tem provocado nos mercados bolsistas, devido à diminuição da procura e ao impacto económico que o surto epidemiológico tem provocado.
13 Abril 2020, 09h04

O mercado petrolífero está a registar, esta segunda-feira, 13 de abril, ganhos depois de a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e parceiros incluindo a Rússia (OPEP+) ter acordado um corte histórico na produção de barris de petróleo, em resposta à pandemia da Covid-19.

O Brent, que é negociado em Londres e é referência para Portugal, avança 1,24%, para 31,78 dólares. Já o WTI, que é negociado em Nova Iorque, ganha 2,15%, para 23,20 dólares.

Os países da OPEP+ chegaram a acordo para subir os preços no mercado  e reduzir a produção em 9,7 milhões de barris diários a partir do dia 1 de maio, no domingo, 12 de abril. O acordo histórico é uma resposta aos efeitos que a pandemia da Covid-19 tem provocado nos mercados bolsistas, devido à diminuição da procura e ao impacto económico que o surto epidemiológico tem provocado.

O corte na produção de barris era já recomendado pelo Comité Técnico Conjunto da OPEP, apesar de haver especialistas que consideram a medida insuficiente para impedir uma descida dos preços da matéria-prima.

“O que este acordo faz é permitir que a indústria do petróleo, as economias nacionais e outras indústrias que dependem dela evitem uma crise muito profunda”, disse o vice-presidente da IHS Markit, Daniel Yergin, citado pela Reuters.

Rússia, os Estados Unidos e Arábia Saudita saúdam acordo
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, o dos Estados Unidos, Donald Trump, e o rei saudita Salman bin Abdulaziz, já manifestaram apoio ao acordo. No Twitter, Donald Trump comentou que o acordo alcançado “vai salvar centenas de milhares de empregos no setor da energia nos Estados Unidos”.

“Quero agradecer e congratular o presidente Putin e o rei Salman, da Arábia Saudita. Acabei de falar com eles a partir da Casa branca. Bom acordo para todos!”, acrescentou.

De Moscovo chegou a informação de que Trump e o seu homólogo russo Putin e o rei saudita Salman bin Abdulaziz tiveram uma conversa ao telefone sobre o acordo.

“Os líderes apoiaram o acordo alcançado dentro da OPEP sobre a limitação voluntária e gradual da produção de petróleo para estabilizar os mercados mundiais e garantir a sustentabilidade da economia global”, anunciou o Kremlin, num comunicado citado pela agência Lusa.

O acordo não foi fácil de alcançar, uma vez que o México estava a levantar barreiras, considerando excessivo o esforço exigido aos países produtores de petróleo – uma redução da produção de 400.000 barris por dia. Contudo, no Twitter, a ministra da Energia do México, Rocío Nahle, anunciou que o país concordou em cortar 9,7 milhões de barris por dia, a começar a partir do primeiro dia de maio.

Na sexta-feira, 10 de abril, já tinha sido noticiado que os EUA iriam ajudar o México a alcançar a quota de redução para que o acordo no corte da produção fosse possível.

Segundo a agência Lusa, o acordo foi confirmado também pelo ministro do Petróleo do Kuwait Oil, Khaled al-Fadhel, e pelo ministro do Petróleo do Irão, Bijan Zangeneh, no Twitter. O governante iraniano escreveu que o corte será efetuado nos meses de maio e junho, e que Irão, Kuwait e Emirados Árabes Unidos concordaram em cortar a produção.

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