As tensões entre Israel e o Irão intensificaram-se nesta terça-feira, de tal forma que geraram receios significativos no setor petrolífero. Neste contexto, os preços praticados nos mercados internacionais registavam aumentos em torno de 3% na hora de fecho das praças europeias.
O barril de Brent subia 3,02%, alcançando os 75,44 dólares, enquanto o crude avançava 2,98%, para 72,34 dólares por barril. Isso significa que os valores se aproximaram dos níveis registrados antes da queda que marcou a sessão de segunda-feira.
Recorde-se que o Irão possui a quarta maior reserva de petróleo do mundo. A eventual junção de outros países do Médio Oriente ao conflito pode ter um impacto significativo nesta vertente, uma vez que a Arábia Saudita, o Iraque e os Emirados Árabes Unidos (sobretudo estes últimos) têm grandes reservas e desempenham um papel crucial neste âmbito, à escala global. Até ao momento, não houve registros de danos em qualquer infraestrutura ligada à extração e comercialização de petróleo ou gás natural.
Nesta terça-feira, foi o quinto dia da escalada do conflito entre os dois países, com Israel a ter abatido o líder do centro de comando das Forças Armadas iranianas, o major-general Ali Shadmani. Este sucedeu a Abdolrahim Mousavi, também major-general, que havia falecido quatro dias antes, no primeiro dia de ataques israelitas.
Israel tem como objetivo atrasar o programa de armamento nuclear iraniano, tendo já atacado várias instalações relacionadas com este propósito nos últimos dias. A este respeito, Netanyahu revelou que Israel “destruiu a principal instalação” da central nuclear localizada em Natanz, no Irão. A Agência Nuclear da ONU (NPG, na sigla em inglês) informou que as imagens de satélite permitem verificar indícios de “impactos diretos”.
Foi também durante esta terça-feira que Donald Trump tomou uma posição ativa no conflito, através de comunicações na sua rede social, a Truth Social. O presidente dos EUA afirmou que não contactou o Irão com o intuito de promover “conversas para a paz” e que a sua saída antecipada da reunião do G7, no Canadá, não esteve ligada a uma tentativa de amenizar as tensões entre israelitas e iranianos.
Trump reiterou que a liderança iraniana deveria ter aceitado o acordo que esteve em cima da mesa, afirmando que essa decisão “teria salvado muitas vidas”.
Nos próximos dias, o desenrolar do conflito deverá influenciar as variações dos preços nos mercados. Estas oscilações deverão, mais tarde ou mais cedo, refletir-se nas gasolineiras, não apenas em Portugal, mas um pouco por todo o mundo.
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