Pelo terceiro dia consecutivo, o preço grossista da eletricidade na Península Ibérica está a subir e atingirá esta quarta-feira, 1 de setembro, um valor médio de 132,47 euros por megawatt hora (MWh). Com este valor, bate-se o recorde que tinha sido fixado na produção contratada para ontem, que era de 130,53 euros por MWh. Já esta segunda, 30 de setembro, o valor máximo tinha sido estipulado: 124,45 euros por MWh.
Assim, depois de oito máximos históricos durante o mês de agosto (entre os quais cinco dias consecutivos de recordes, entre 9 e 13 de agosto), setembro começa igualmente sob forte pressão no mercado grossista de eletricidade, condicionado pelo elevado preço do gás natural no mercado internacional e pelos valores recorde das licenças de emissão de dióxido de carbono.
O ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes já garantiu que Portugal tem “almofadas” para “inibir o aumento do preço da eletricidade”, reiterando que “o custo foi reduzido em 11%” com este Governo.
Em Espanha, a ministra da Transição Ecológica, Teresa Ribera, já admitiu que a fatura da eletricidade pode disparar 25% este ano em relação a 2020, devido aos acréscimos no mercado ibérico, conforme noticiou o jornal “El País”. Além disso, descartou qualquer intervenção pública na fixação de limites.
Em reação, o ministro do Ambiente garante que “quem vende eletricidade não tem feito nenhum aumento no preço”, algo que já corroborado pela EDP e Galp, embora a Iberdrola não subscreva a posição.
“A situação de Portugal é completamente diferente da de Espanha, porque se o preço base para Portugal e Espanha é o mesmo, em Espanha a maior parte dos contratos e das variações são mensais. Em Portugal são anuais, não há qualquer comparação”, afirmou Matos Fernandes.
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