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Preços das casas novas na China caem pelo 14º mês consecutivo em julho

Em maio, as autoridades chinesas lançaram um vasto pacote de medidas para tentar reanimar o setor imobiliário, com cerca de 42,25 mil milhões de dólares (mais de 38 mil milhões de euros) em empréstimos para projetos de habitação subsidiada.
15 Agosto 2024, 11h57

Os preços das casas novas na China caíram pelo 14.º mês consecutivo em julho, embora com um ritmo de queda menor do que em junho, na sequência de medidas de apoio ao setor.

Os preços em 70 cidades selecionadas caíram 0,65% em relação ao mês anterior, de acordo com cálculos feitos com base nos números divulgados pelo Gabinete de Estatística da China, que em junho tinham refletido uma contração de 0,67%.

Entre as localidades mencionadas, 66 registaram reduções nos preços das casas, em comparação com 64, em junho, e apenas duas, Xangai e Xi’an, registaram aumentos.

Relativamente aos imóveis usados, 67 entre as 70 cidades registaram descidas.

Os números do Gabinete de Estatísticas chinês também indicam um declínio mensal de 0,8% no preço da habitação em segunda mão em julho, depois de ter caído 0,85% no mês anterior.

Em maio, as autoridades chinesas lançaram um vasto pacote de medidas para tentar reanimar o setor imobiliário, com cerca de 42,25 mil milhões de dólares (mais de 38 mil milhões de euros) em empréstimos para projetos de habitação subsidiada ou a redução da entrada exigida para a compra de casas, instando também as administrações locais a comprarem terrenos não urbanizados ou propriedades novas não vendidas.

Desde então, muitas cidades também anunciaram medidas para facilitar a compra de casas, incluindo algumas das maiores do país, como Xangai, Shenzhen e Cantão.

Os dados da agência estatística mostraram ainda que, até julho, as vendas comerciais medidas pela área útil caíram 18,6% em relação ao mesmo período do ano passado. Este indicador já tinha registado uma quebra de 24,3% em 2022 e de mais 8,5% em 2023.

Uma das principais causas do recente abrandamento da economia chinesa é precisamente a crise no setor imobiliário, cujo peso no produto interno bruto (PIB) do país, somando fatores indiretos, é estimado em cerca de 30%, de acordo com alguns analistas.

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