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Preços das telecomunicações subiram 1,9% em Portugal desde janeiro

Só no último mês (julho) os preços das telecomunicações subiram 1,3%, em termos homólogos, e 0,3% na variação em cadeia. Na União Europeia, Portugal tem a 15.ª taxa de variação média dos preços mais elevada.
Presidente do Conselho de Administração, João Cadete de Matos
25 Agosto 2021, 12h48

Os preços das telecomunicações em Portugal encareceram 1,9% desde janeiro, ficando 0,5 pontos percentuais acima do índice de preços do consumidor, “devido ao crescimento das mensalidades das ofertas em pacote”, revelou a Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom) esta quarta-feira.

De acordo com o relatório ‘Evolução dos Preços das Telecomunicações’, só no último mês (julho) os preços das telecomunicações subiram 1,3%, em termos homólogos, e 0,3% na variação em cadeia. Mesmo assim, a taxa de variação média dos preços “foi inferior à verificada na União Europeia (-0,5 pontos percentuais)”, o que faz com que Portugal tenha a 15.ª taxa de variação média mais elevada nas telecomunicações, nos últimos doze meses na UE. Foi na Polónia (+5,8%) que se verificou o maior aumento, enquanto na Dinamarca (-3,6%) observou-se a maior diminuição. No conjunto dos países da UE, os preços caíram 0,01%.

O regulador das comunicações alerta, contudo, que entre abril de 2011 e maio de 2019, os preços das telecomunicações cresceram mais em Portugal do que na UE, observando a taxa de variação média dos últimos doze meses. “Em termos acumulados, entre o final de 2009 e julho de 2021, os preços das telecomunicações em Portugal aumentaram 8,4%, enquanto na UE diminuíram 9,7%”, adianta a Anacom. Em contraciclo estão países como França (-22,1%), Itália (-17,1%) e Espanha (-8,7%), os preços caíram.

A entidade liderada por Cadete de Matos indica que a entrada em vigor de novas regras europeias que regulam os preços das comunicações intra-UE contribuiu para que, desde junho de 2019, “a variação de preços das telecomunicações em Portugal seja inferior à verificada na média da UE”. A redução da mensalidade de algumas ofertas de banda larga móvel pós-pagas através de PC/Tablet e de algumas ofertas em pacote também influenciou essa variação.

Nowo com mais mensalidades mínimas que a concorrência

Observando as ofertas existentes no mercado nacional, a Anacom indica que, na análise à evolução dos preços em julho, é a Nowo que oferece mais mensalidades mínimas. “Em julho as mensalidades mínimas são oferecidas pela Nowo em sete casos de um leque de 13 serviços/ofertas, enquanto a Meo [grupo Altice], a Vodafone e a NOS, apresentaram as mensalidades mais baixas para quatro, dois e um tipo de serviços/ofertas, respetivamente”.

A Nowo tem as mensalidades mais baixas para o serviço de banda larga fixa (20 euros), banda larga fixa e serviço de televisão (23,96 euros) ou para a oferta 5P, com uma mensalidade de 31,56 euros.

A Meo, por sua vez, tem a mensalidade mais baixa apenas em quatro ofertas, ao passo que a Vodafone e a Nos apresentaram as mensalidades mais baixas para dois e um tipo de serviços ou ofertas, respetivamente.

Acresce que as mensalidades mínimas de pacotes de três, quatro e cinco serviços convergentes – bem como duas ofertas de pacotes de dois serviços convergentes -,  da Meo, NOS e Vodafone “são muito semelhantes”, segundo a Anacom. No caso do pacote de três serviços convergentes, por exemplo, “os preços variam entre os 30,90 e 30,99 euros”, enquanto as mensalidades mínimas das ofertas de televisão por subscrição e internet de banda larga fixa individualizadas da Meo e da NOS “são idênticas”, cujo preço é 17,64 euros e 24,99 euros, respetivamente.

Na comparação homóloga (julho de 2021 vs julho de 2020), o regulador sublinha que ocorreram 31 aumentos de preços e apenas três diminuições.

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