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Preços do petróleo agravam-se com impasse na OPEP+

Em Londres, mercado que é referência para Portugal, o barril do Brent já vale 76,47 dólares, subindo 0,38%. Do outro lado do Atlântico, em Nova Iorque, o WTI cresce 0,47%, para 75,51 dólares.
5 Julho 2021, 12h34

Os preços do petróleo negoceiam em alta esta segunda-feira, numa altura em que Organização dos Países Exportadores de Petróleo e os seus aliados (OPEP+) procuram superar o impasse entre a Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos na definição das quotas de produção para os próximos meses. Os Emirados Árabes Unidos estão a recusar assinar um acordo para aumentar a produção de barris, determinante para estancar a escalada de preços no mercado petrolífero.

Em Londres, mercado que é referência para Portugal, o barril do Brent já vale 76,47 dólares, subindo 0,38%. Do outro lado do Atlântico, em Nova Iorque, o WTI cresce 0,47%, para 75,51 dólares.

Na última semana de junho, a Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos falharam um acordo para novas quotas de produção. Por isso, a fim de travar a subida dos preços, a OPEP+ retomou esta segunda-feira negociações. Para a OPEP+ há que aumentar a produção em cerca de 2 milhões de barris por dia, entre agosto e dezembro deste ano, e prolongar cortes de produção a partir de janeiro até ao final de 2022, em vez de ser só até abril.  Ora os Emirados Árabes Unidos não estão interessados nessa estratégia.

Perante o impasse, por causa da posição dos Emirados Árabes Unidos, o príncipe Abdulaziz bin Salman, ministro da Energia da Arábia Saudita, que é o maior país exportador de petróleo da OPEP+, já apelou aos Emirados Árabes Unidos por uma posição de “compromisso e racionalidade” para garantir um acordo.

O impasse só acrescenta mais incerteza à evolução da economia global perante os efeitos da pandemia da Covid-19.

De acordo com a “Reuters”, que cita o analista de mercado Kevin Solomon, da StoneX,  “quanto mais tempo o impasse permanecer” pior será o cenário, tendo em conta o agravamento dos preços e a subida da inflação. “Veremos a intervenção de várias potencias globais, como os Estados Unidos, já que a inflação – e o aumento dos preços nos postos de gasolina – continua a ser uma preocupação global”.

Por outro lado, segundo o ING Economics, também citado pela agência anglo-saxónica, o fracasso das negociações pode trazer algumas vantagens para o mercado petrolífero, embora a curto-prazo.

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