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“Preocupa-me o futuro” da EDP, afirma Luís Amado

“É uma empresa detida sobretudo por capital estrangeiro. É uma empresa muito exposta ao mercado de capitais e à sensibilidade dos investidores internacionais”, declarou o presidente do Conselho Geral e de Supervisão da EDP.
Cristina Bernardo
27 Fevereiro 2019, 19h08

O presidente do Conselho Geral e de Supervisão da EDP, Luís Amado, afirmou hoje estar preocupado com o futuro da empresa, manifestando expetativa que a comissão de inquérito conclua o seu trabalho para “passar esta página da vida da EDP”.

“A mim preocupa-me nesta fase da vida da EDP o futuro da empresa. […] Tem hoje, depois de um longo processo de privatização, muitos acionistas estrangeiros e poucos portugueses. É uma empresa detida sobretudo por capital estrangeiro. É uma empresa muito exposta ao mercado de capitais e à sensibilidade dos investidores internacionais”, declarou Luís Amado, que está a ser ouvido na comissão parlamentar de inquérito às rendas excessivas aos produtores de eletricidade.

O presidente do Conselho Geral e de Supervisão (CGS) da EDP, desde abril de 2018, manifestou o desejo que a comissão conclua o seu trabalho, elabore o relatório e se extraiam as “devidas consequências”.

“A nossa preocupação é passar esta página da vida da EDP”, declarou.

O ex-ministro da Defesa e dos Negócios Estrangeiros Luís Amado assumiu em abril do ano passado a presidência do CGS, que antes havia sido liderada por Eduardo Catroga, tendo sido o nome proposto pelos acionistas representados no órgão que supervisiona a comissão executiva, que tem à frente António Mexia. Antes, entre 2015 e 2018, tinha sido vice-presidente.

Após a audição de Luís Amado ficam a faltar ouvir os responsáveis com a pasta da energia do atual Governo – Manuel Caldeira Cabral, Jorge Seguro Sanches, e Matos Fernandes e João Galamba, que passaram a tutelar o setor em outubro de 2018.

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