“As energias renováveis são uma vaca leiteira muitíssimo grande para o Estado”, acusa o presidente da Associação Portuguesa das Energias Renováveis (APREN) António Sá da Costa.
O responsável considera que o setor tem sido prejudicado com o aumento da carga fiscal. “Não faz sentido nenhum tributar as renováveis, porque precisamos das renováveis, e se as formos tributar é um desincentivo para os investidores”, disse em entrevista ao Jornal Económico (acesso pago) na edição desta semana, que chegou esta sexta-feira às bancas.
O presidente da APREN, de saída do cargo após mais de 30 anos ligados à associação, revela também que os atrasos nos licenciamentos ou as alterações regulatórias estão a afastar os investidores internacionais. “Houve investidores que eram para fazer determinado tipo de investimento e deixaram de o fazer, nomeadamente expansões”.
Sobre a declaração do secretário de Estado da Energia João Galamba, que afirmou que não pode haver cortes nas rendas da energia rasgando contratos, Sá da Costa disse que a APREN fica mais descansada com esta garantia, por enquanto. “Mas nós não sabemos o que vem a seguir. Por isso, só dormimos descansados enquanto ele estiver lá, porque depois muda”.
O dirigente também critica a atitude dos políticos perante o setor pela sua tentativa de influenciarem as renováveis. “Levamos muito tempo a planear e a licenciar e leva-se bastante tempo a construir. O nosso interlocutor são os políticos, o seu único ativo são os votos, e fazem de tudo para maximizar os seus votos. Como é que podemos dialogar com um político que tem um horizonte médio de dois anos, enquanto nós temos um de 30 anos?”, afirmou, em entrevista ao JE.sá da cos
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