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Presidente da Boeing: ”Estamos a tomar as medidas necessárias para garantir a total segurança do 737 MAX”

“A Boeing está a finalizar o desenvolvimento de uma atualização de ‘software’ e a revisão do manual de treino dos pilotos para corrigir os erros dos sensores MCAS”, disse o presidente da companhia Dennis Muilenburg em comunicado.
19 Março 2019, 17h05

Perante o crescente escrutínio em torno da segunda queda do avião 737 Max, o CEO da Boeing divulgou, na segunda-feira, uma carta aberta às companhias aéreas e passageiros sobre a investigação que está atualmente a decorrer. “Os nossos corações estão pesados, e continuamos a oferecer as nossas mais profundas condolências aos entes queridos dos passageiros e da tripulação a bordo”, lamentou Dennis Muilenburg na sua carta aberta.

“A segurança está no centro de quem somos na Boeing, e garantir viagens seguras e confiáveis ​​nos nossos aviões é um valor duradouro e nosso compromisso absoluto com todos”, acrescentou o empresário norte-americano, que relembrou as 158 vítimas do acidente.

O CEO da Boeing, que tem sido alvo de críticas pesadas depois do acidente no dia 10 de março, na Etiópia, garantiu que a empresa estava a “tomar as medidas necessárias para garantir a total segurança do 737 MAX”, acrescentando que uma atualização de software para o avião vai chegar “em breve” juntamente com uma ”revisão do manual de treino dos pilotos para corrigir os erros dos sensores MCAS”.

A agência reguladora do transporte aéreo dos Estados Unidos da América deu ao fabricante até abril para modificar o sistema MCAS.

“Estamos a trabalhar juntamente com os nossos clientes, reguladores internacionais e autoridades governamentais para apoiar as investigações mais recentes, entender os actos e ajudar a prevenir futuras tragédias”, sublinhou.

A Boeing informou que enviou uma equipa de investigadores para a Etiópia para ajudar a recolher mais detalhes sobre o último acidente, que, segundo especialistas, tem muitas semelhanças com o acidente da Lion Air, em outubro, que provocou 189 vítimas mortais. Segundo especialistas, ambos os jatos caíram ”abruptamente” logo após a decolagem. Não está definitivamente claro, no entanto, que ambos os incidentes estejam relacionados.

Peritos franceses apontam semelhanças entre dois acidentes com Boeing 737 MAX

Cabe às autoridades etíopes, no entanto, avançar com mais informações sobre o acidente. Enquanto isso, a Boeing decidiu suspender todos os voos com os 371 aviões 737 Max 8. Um relatório completo sobre o acidente da Ethiopian Airlines é esperado dentro de 30 dias.

Este foi o segundo acidente envolvendo o modelo 737 Max 8 em menos de seis meses, após a queda da Lion Air na Indonésia, na qual 189 pessoas morreram em outubro de 2018. A companhia aérea soma 346 vítimas mortais reportadas, entre passageiros e tripulantes.

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