Paulo Macedo, presidente da comissão executivo da Caixa Geral de Depósitos (CGD), referiu, esta quinta-feira que era necessário fechar o acordo entre a União Europeia e a Mercosul. “Se calhar de uma vez por todas temos de nos entender com o brasil”, referiu durante a iniciativa promovida pela CGD “Encontros Fora da Caixa“, que se realiza esta quinta-feira no Cine-Teatro de Amarante.
Este é um evento tem se afirmado como espaço de reflexão estratégica sobre os grandes temas da economia nacional, e hoje discute o tema da ‘Internacionalização da economia, aplicação dos fundos comunitários’. Durante o seu discurso, Paulo Macedo fez um balanço do estado da economia ao longo dos últimos anos, salientando que houve uma mudança. “O que discutamos até há pouco tempo era a aceleração da mudança, tínhamos um ritmo muito significativo de mudança, os dados mostram que 90% de todos os dados que existem no mundo foram gerados nos últimos dois anos”.
“Podemos dizer que há uma evolução clara na ordem mundial depois da II Guerra Mundial. A seguir à segunda Grande Guerra deu-se uma explosão na capitalização e no crescimento económico”, salientou. “Hoje vemos várias ameaças a este crescimento, as tarifas além de reduzirem as trocas comerciais, reduzem o produto interno bruto”. O presidente da CGD falou numa nova era criada pelas mudanças significativas que fomos vivendo, “a partir de janeiro deste ano entrámos numa nova era, a todas as transformações que vimos juntou-se uma nova política, na qual não sabemos quem é amigo ou aliado”.
Em termos económicos, Portugal tem uma perspetiva de crescimento para os próximos anos, sendo que em 2026 este deve ser superior ao de 2025, uma vez que se vai utilizar uma maior parte do Plano de Recuperação e Resiliência. “Ano de 2024 foi positivo para as empresas, e inicio deste também”, salientou.
Já na Europa, “vamos ter um aumento da despesa pública, quer seja por necessidades sociais quer seja com compromissos que existam”. Paulo Macedo salienta que o velho Continente continua com um grande problema, o de regular, “às vezes preocupamo-nos mais em regular do que em inovar”.
Nesta quinta-feira o Banco Central Europeu decidiu não reduziu as taxas, contudo o bancário defende que “se a inflação continuar a descer é esperado que as baixe”.
Em termos de investimento, Paulo Macedo salienta o desempenho positivo que o nosso país tem tido em termos de atração de investimento estrangeiro, contudo começam a existir algumas barreiras ao investimento em Portugal, nomeadamente na disponibilidade da mão de obra qualificada e nos custos de energia.
Já abordando o comércio internacional, o presidente da CGD declara que as tarifas já têm refletido um pico significativo neste e ainda não estão aplicadas. O bancário não dúvida que vão existir tarifas, “a questão é que tipo de tarifas é que vamos ter”.
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