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Presidente da CMVM apresenta demissão ao fim de quatro meses por razões de saúde

Em causa estão problemas de saúde, revela fonte oficial ao JE, acrescentando que Bernardino ficará no cargo até que a tutela nomeie outro presidente.
Rodrigo Antunes/Lusa
28 Março 2022, 18h33

O presidente da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), Gabriel Bernardino, apresentou a sua demissão ao Ministério das Finanças, avançou o jornal “Eco” e confirmou o Jornal Económico (JE) junto de fonte oficial, esta segunda-feira. Em causa estão problemas de saúde, revela a mesma fonte, acrescentando que Bernardino ficará no cargo até que a tutela nomeie outro presidente.

“Foi com pesar que dirigi hoje ao senhor ministro de Estado e das Finanças a renúncia ao cargo de presidente do conselho de administração da CMVM, solicitando a minha substituição num prazo de tempo tão curto quanto possível, tendo em conta as razões de saúde que justificam a decisão”, lê-se no comunicado do responsável divulgado esta tarde.

Na mesma nota acrescenta-se que o problema de saúde “tem condicionado crescentemente” o seu trabalho “e que não me vem permitindo a total dedicação e compromisso que reputo essenciais para a liderança que a CMVM merece e necessita, tanto ao nível nacional como internacional”.

“Neste momento deixo uma palavra de agradecimento e admiração para toda a equipa da CMVM, com quem aprendi muito nestes meses e na qual deposito grande confiança”, sublinha a nota.

Recorde-se que Bernardino tomou posse no dia 15 de novembro de 2021 elegendo como prioritárias a promoção da confiança, da inovação e da agilidade na CMVM e no mercado de capitais português.

Em fevereiro de 2022, o conselho de administração da CMVM aprovou um plano de ação para os próximos três anos que, sem prejuízo de ajustamentos determinados por uma nova liderança, continuará a ser implementado como planeado.

O plano reflete o profundo compromisso da organização com a sua missão de regular e supervisionar o mercado de instrumentos financeiros português e as entidades que nele operam, protegendo os investidores e garantindo a estabilidade, integridade e o desenvolvimento do mercado de capitais português.

Notícia atualizada às 18h42 com o comunicado da CMVM

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