O presidente da Parpublica, Miguel Cruz, foi ouvido esta quarta-feira no âmbito da Comissão de Inquérito à gestão da TAP, da Assembleia da República, onde assegurou que a companhia aérea não tem obrigação de serviço público, em termos de fixação de preços e de capacidade, mas que cabe à empresa aérea satisfazer as necessidades desta rota se as condições de mercado não as satisfizerem.
“O que existe é um requisito estabelecido, no que diz respeito às rotas, se as condições de mercado não as satisfizerem a TAP satisfaz”, reforçou Miguel Cruz. O presidente da Parpublica disse que quem manda na gestão da TAP é o accionista privado embora tenha ressalvado que em termos do “enquadramento estratégico” o Estado tem uma palavra a dizer.
Durante a audiência parlamentar o presidente da Parpublica assegurou ainda que existe “uma possibilidade real” de o Estado poder capitalizar a empresa, se existir necessidade de se proceder a uma operação deste tipo.
Na audiência parlamentar que se realizou na Assembleia Regional, Miguel Cruz disse que a distribuição dos resultados da TAP “vai corresponder à estrutura de direitos económicos que na altura houver na distribuição de dividendos”, acrescentando que o Estado pagou 30 milhões de euros pela companhia aérea no sentido de dar seguimento ao seu “interesse estratégico na gestão” da TAP.
Questionado sobre se seria normal aumentar o capital na empresa e ter uma redução dos direitos económicos, Miguel Cruz admitiu que esta é uma “prática possível” mas que “não consegue fazer um juízo de valor” sobre este assunto.
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