O Presidente da República admitiu esta terça-feira a possibilidade de uma nova injeção de capital no Novo Banco este ano e considerou que, também por isso, é preciso esperar pelo resultado final da execução orçamental de 2019.
Marcelo Rebelo de Sousa falava durante uma visita ao Mercado Social do Rato, em Lisboa, questionado sobre a notícia de que até outubro houve um excedente das administrações públicas de 998 milhões de euros, o que apontou como resultado de “uma gestão muito criteriosa”.
Contudo, o chefe de Estado assinalou que o excedente hoje divulgado pelo Ministério das Finanças “ainda não compreende os meses finais” do ano e aconselhou: “Vamos esperar pelas despesas de novembro e dezembro, e vamos esperar por reflexos ou não, este ano, da necessidade de injeção financeira no sistema financeiro”.
Interrogado se está preocupado com a situação no Montepio, respondeu: “Não, não é o Montepio. Se for, é no Novo Banco. Mas não sei se é este ano ou não. Vamos ver. De todo o modo, é um resultado excelente”.
O Presidente da República referiu que novembro e dezembro “são meses de muita despesa, porque há acertos de contas nos últimos meses em vários dos sistemas e subsistemas”, mas no seu entender pode vir a confirmar-se um excedente orçamental em 2019: “Pode acontecer”.
“Eu cheguei a dizer, a certa altura, que estava convencido de que poderíamos ter excedente orçamental ou superavit este ano”, lembrou.
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