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Marcelo rejeita ter sido “sensível a razões partidárias” para a escolha de data para as eleições

Marcelo Rebelo de Sousa justifica a escolha da data com base no interesse nacional e rejeita favorecimentos políticos para a tomada de decisão.
Marcelo Rebelo de Sousa no Conselho de Estado
Foto: Presidência da República
5 Novembro 2021, 16h56

O Presidente da República garante que não foi “sensível a razões partidárias” quando escolheu 30 de janeiro para a chamar os portugueses às urnas antecipadamente. Para Marcelo, “o presidente fez o que tinha que fazer, exercendo o poder constitucional”.

Aos jornalistas, esta sexta-feira, à margem do terceiro encontro de cuidadores informais, Marcelo Rebelo de Sousa relembra que a decisão foi tomada depois de ter ouvido “os partidos, o Conselho de Estado e os parceiros económicos e sociais”. “Está dito [data das eleições] agora o que interessa é que no espírito democrático tudo se passe em normalidade até ao dia das eleições”, apelou.

Aos jornalistas, o Chefe do Estado deixa claro que não escolheu a data em favorecimento de nenhum partido político, nomeadamente do PSD que tem, este sábado, um Conselho Nacional argumentando que “o Presidente, por definição define-se pelo interesse nacional e não foi sensível a razões partidárias, basta ver os prazos. O prazo de entrega de candidaturas significaria que decisões partidárias seriam posteriores ou simultâneas com o fim do prazo de entrega de candidaturas”, explica. “Tinha que ser rápido”, conclui, acrescentando que “eram óbvias as razões de interesse nacional que implicavam sacrifícios para todos”.

Marcelo acrescentou ainda que “os portugueses entenderam a decisão dos portugueses”, fazendo referência às sondagens mais recentes.

O Presidente da República marcou esta quinta-feira as eleições legislativas antecipadas para o dia 30 de janeiro. Justificou a decisão com o calendário.

“Sabemos todos que campanha eleitoral, bem como debates audiovisuais que a devem anteceder, realizados no Natal, o primeiro Natal depois daquele que em boa verdade não tivemos, ou pelo Ano Novo, são a todo o título indesejáveis”, afirmou o Presidente da República dizendo que uma data anterior poderia levar a uma maior — “e indesejável” — abstenção.

Na curta declaração ao país, Marcelo Rebelo de Sousa começou por justificar a dissolução do parlamento e a necessidade de “devolver a palavra ao povo, o caminho que temos pela frente”.

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