[weglot_switcher]

Presidente do AICEP diz que investidores olham hoje de “forma mais atenta” para a economia portuguesa

O presidente da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), Luís Castro Henriques, revelou que a agência bateu o recorde de 1.160 milhões de euros em contratualizações de investimento, em 2018, e tem vindo a atrair cada vez mais “investimento produtivo e tangível” proveniente de diferentes geografias.
4 Fevereiro 2020, 18h08

O presidente da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), Luís Castro Henriques, salientou esta terça-feira o potencial competitivo de Portugal no comércio internacional. Luís Castro Henriques referiu que a AICEP bateu o recorde de 1.160 milhões de euros em contratualizações de investimento, em 2018, e tem vindo a atrair cada vez mais “investimento produtivo e tangível” proveniente de diferentes geografias.

“Os investidores estrangeiros e, muitas vezes, os novos investidores têm-se apercebido da competitividade portuguesa de forma mais atenta, mas ainda estamos a recuperar de uma crise grande, que afetou as empresas portuguesas”, afirmou Luís Castro Henriques, numa conferência sobre os indicadores e posicionamento de Portugal nos rankings globais, realizado na AESE Business School, em Lisboa.

Luís Castro Henriques disse, em 2018, a AICEP bateu o recorde de contratualização, tendo chegado aos 1.160 milhões de euros contratualizados. “Isto é um indicador claro de que estamos a ter anos de investimento muito bons”, nota o presidente da AICEP. Grande parte do investimento traduz-se em fábricas, centros de engenharia, investigação e desenvolvimento tecnológico. “É investimento produtivo e tangível”, sublinha.

Este ano, o AICEP contratualizou 177 milhões de euros em contratos de investigação e desenvolvimento tecnológico, cujos projetos são “altamente competitivos”. Luís Castro Henriques revela que, em 2011, esta linha de investimento tinha apenas dois clientes, mas “hoje em dia já tem mais de 20”. Os principais investidores são Espanha, Alemanha e França, mas o mercado tem-se diversificado “cada vez mais”.

O fenómeno contraria, em parte, os dados do Global Competitiveness Report, revelado em outubro do ano passado, no qual Portugal manteve a 34.ª posição no índice do Fórum Económico Mundial (que mede a capacidade dos países de competirem com outras economias mundiais). Num total de 141 países analisados, Portugal ficou à frente da Eslovénia, Arábia Saudita e Polónia e atrás do Itália, Estónia, República Checa e Chile.

Luís Castro Henriques afirmou que o posicionamento de Portugal nos rankings internacionais é “muito importante” tendo em conta que “é isso que permite a uma empresa que não conhece Portugal” ficar a conhecer o país. “Não há hoje empresa nenhuma que ao tomar uma nova decisão de geografia, não faça um estudo a vinte geografias”, sustentou o presidente da AICEP, sublinhando que indicadores, como o do Fórum Económico Mundial sobre a competitividade acabam por ser mencionados nesses estudos.

“Temos de estar conscientes de que conseguimos competir com os melhores do mundo – e às vezes ganhamos. Temos vantagens competitivas muito fortes, não em tudo, mas em coisas muito específicas e é nessas que temos de continuar a batalhar e vamos ganhar. Essa mudança de mindset vai permitir uma avaliação mais objetiva em relação a essas matérias”, concluiu Luís Castro Henriques.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.