A assembleia geral de acionistas do Bankinter, que teve lugar hoje em Espanha, reconduziu como “Conselheira Delegada”, ou presidente executiva, Maria Dolores Dancausa.
A CEO do Bankinter também abordou temas da atualidade, como a inflação ou a recente situação no setor financeiro.
Já o presidente do Bankinter, Pedro Guerrero, destacou que o banco está a ganhar quota de mercado graças à sua atuação comercial em negócios que considera relevantes e que a sua capacidade de inovação “desempenha um papel crucial no processo de adaptação aos novos tempos”.
O presidente do Bankinter salientou na sua intervenção que os “acontecimentos financeiros” dos últimos dias “são completamente alheios ao funcionamento dos bancos espanhóis e do Bankinter”, destacando a sua solidez.
A CEO, María Dolores Dancausa, destacou que o banco conseguiu em 2022 antecipar em um ano o objetivo de lucro que foi definido para este 2023 após obter um resultado de 560 milhões de euros, o que traduz um crescimento de 28% em termos anuais.
María Dolores Dancausa destacou os pontos fortes do Bankinter em termos de liquidez, solvência e rentabilidade, e lembrou que é o banco mais resistente da Espanha e o terceiro da zona do euro, de acordo com os últimos testes de estresse da EBA.
O Presidente do Bankinter, Pedro Guerrero, destacou hoje na Assembleia Geral de Acionistas do banco que o ambiente atual é marcado por “altas incertezas derivadas principalmente da guerra na Ucrânia e o aumento das pressões inflacionistas”. Por isso, estima que “nos próximos meses, e quiçá anos, vamos caminhar numa economia em crescimento, mas com inflação, taxas de juro altas e rodeadas de incertezas”, situação a que “teremos todos de adaptar” .
Neste contexto, a capacidade de inovação do banco “desempenha um papel crucial no processo de adaptação aos tempos de mudança e incerteza que vivemos”, afirmou.
Sobre o papel do setor bancário na atual conjuntura, o Presidente do Bankinter sublinhou que “tal como aconteceu durante a pandemia, os bancos estão mais uma vez a ajudar a resolver um problema que pode comprometer gravemente as economias dos nossos clientes mais vulneráveis” perante o aumento dos juros. Explicou que “para prevenir esta situação e atenuar o impacto negativo” deste aumento das taxas de juro em alguns segmentos da população, “o sector decidiu apoiar a proposta do Governo de amenizar a situação das famílias de baixos e médios rendimentos especialmente afectadas pela a escalada da Euribor, concedendo-lhes carências, alongando os prazos de reembolso e não os incluindo em situações de incumprimento e de cobrança duvidosa que lhes poderiam ser muito onerosas”.
Por outro lado, os bancos continuam a melhorar a sua recuperação do efeito da pandemia, aumentando a sua rentabilidade e melhorando a sua eficiência, duas variáveis em que o Bankinter tem uma posição relevante no setor.
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