O investimento de 65 milhões de euros no desporto no período 2024-2028 representa “um momento decisivo” para o desenvolvimento do setor no país, considerou hoje o presidente do Comité Olímpico de Portugal (COP), assumindo uma “responsabilidade acrescida”.
“É um dia de celebração e compromisso. Celebração porque esta assinatura representa um momento decisivo para o desenvolvimento do desporto em Portugal, fruto de um esforço conjunto entre o Governo, as instituições desportivas e os diversos agentes. E compromisso, porque este contrato-programa não é apenas um instrumento financeiro: é a materialização de uma visão e de uma responsabilidade partilhada em construir um desporto mais robusto, inclusivo e sustentável”, enumerou.
No seu discurso durante a cerimónia de assinatura do Contrato Programa para o desporto para o período 2024-2028, que dota o setor de uma verba adicional de 65 milhões de euros, independente do valor inscrito no Orçamento do Estado, Artur Lopes defendeu que este momento confere ao setor “outra projeção e relevância na agenda política do país”, um velho anseio do seu antecessor, José Manuel Constantino.
“A confiança depositada no COP por este contrato é, por isso, não apenas um reconhecimento do trabalho desenvolvido, mas também um sinal inequívoco das elevadas expectativas que recaem sobre nós. Temos agora uma responsabilidade acrescida em cumprir, com rigor e transparência, as obrigações aqui estabelecidas”, assegurou, prometendo que o organismo assumirá, “como sempre”, o seu papel “com determinação e sentido de missão”.
De acordo com o presidente do COP, o desporto português enfrenta a partir de hoje “um novo paradigma de governação e gestão”, que exige “profissionalização, modernização e a implementação de boas práticas”.
“O desafio colocado às federações, aos clubes e às organizações desportivas é imenso, pelo que a responsabilidade no seu estrito e rigoroso cumprimento é absolutamente indispensável”, pontuou.
Este contrato, segundo Artur Lopes, “não é um fim em si mesmo”, mas sim o ponto de partida para uma transformação estrutural que permitirá melhorar a organização, a gestão e a eficácia das políticas desportivas no país.
“É nossa obrigação garantir que cada euro investido tenha um impacto direto e mensurável no desenvolvimento do desporto nacional”, reforçou, estimando que é necessária “uma visão partilhada e de uma atuação coordenada, capaz de transformar intenções em resultados tangíveis”, prosseguiu.
Segundo o presidente do COP, o organismo está preparado para assumir este desafio juntamente com “o Governo, o Instituto Português do Desporto e Juventude e o Comité Paralímpico”, uma ideia defendida também por José Lourenço.
“A bola está do nosso lado em tudo o que agora passou para nós […], passa a ser agora do nosso lado a responsabilidade de desenvolvermos todas estas atividades. E por isso é importante que haja compromisso e haja, como disse o presidente do COP, a capacidade de criar pontes para que todos da área do desporto possamos levar a bom porto a concretização destes investimentos e diria a capacidade que estes investimentos se possam reproduzir”, disse.
O presidente do CPP tinha começado por referir que “o futuro começa-se a construir já hoje”.
“Confesso que não tinha a expectativa de tão rapidamente chegarmos aqui, sinceramente. Há aqui muitos aspetos que eu venho a falar neles há muito tempo, nomeadamente a necessidade de termos mais pessoas com prática desportiva, nomeadamente na área das pessoas com deficiência. Isto está aqui previsto”, realçou.
Lourenço destacou como “algo muito estruturante” a possibilidade de o CPP construir o do Centro de Inovação, Investigação e Desenvolvimento Paralímpico, uma das 15 medidas inscritas no contrato-programa celebrado hoje entre o Instituto Português da Juventude e do Desporto e as entidades olímpica e paralímpica, numa cerimónia em que esteve presente o primeiro-ministro, Luís Montenegro.
“Para nós, é um sonho que a partir de hoje vai-se começar a tornar realidade, é óbvio que já muito fizemos com a questão de todo o projeto que está neste momento aprovado pelo respetivo município, mas pronto, a partir de agora, diria que não temos razão nenhuma para não avançar com este projeto”, completou.
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