[weglot_switcher]

Presidente do Governo critica a “empresa pública” TAP pelos preços praticados nos voos com a Madeira

O Presidente do Governo Regional da Madeira criticou este fim-de-semana a “empresa pública TAP” pelos preços praticados nas ligações aéreas entre o Funchal e Lisboa.
Paulo Whitaker/Reuters
20 Fevereiro 2017, 13h15

Segundo Miguel Albuquerque “é essencial perceber que neste momento a TAP é uma companhia pública que deve prestar um serviço público às regiões autónomas”

“Por isso é que é pública. As outras companhias podem praticar os preços de mercado que entenderem”, disse.

O dirigente madeirense recordou quer a Madeira regista operações no aeroporto internacional de 40 companhias aéreas que realizam quase 400 voos semanais para 17 cidades e 60 destinos.

“No caso da TAP e a partir do momento em que há a decisão da companhia continuar a ser uma empresa pública, ela tem que prestar esse serviço público”, sublinhou.

Para o Presidente do Governo madeirense “o que neste momento temos assistido é que a TAP na linha para a Madeira pratica preços muito altos e descabidos relativamente aquilo que é quer a extensão do percurso quer os custos da operação”

Interrogado sobre que medidas serão tomadas para travar esta situação o líder madeirense limitou-se a recordar que já existiram contatos com o Presidente da TAP, “já apresentamos um protesto no parlamento e temos que falar com as autoridades políticas nacionais porque isto não pode continuar”.

Quanto ao subsídio de mobilidade, matéria também envolta em polémica na Assembleia da República, Albuquerque esclareceu que se trata de uma diferente que nada tem a ver com os preços das viagens.

Para os passageiros residentes na Madeira, o custo de uma viagem aérea entre o Funchal e Lisboa (ida e volta) custa 86 euros, embora no momento da compra sejam obrigados a pagar valores superiores, a totalidade do bilhete. O diferencial, no caso das três tarifas mais baratas, entre os 86 euros imputados ao passageiro e o valor efetivamente por ele pago no momento da compra, é devolvido pelo estado, através das estações de CTT e apenas após a realização da viagem. No caso dos estudantes universitários madeirenses que frequentam estabelecimentos de ensino superior fora da Madeira, o valor é de 65 euros, mantendo-se os procedimentos que vigoram para os demais passageiros em geral.

“O que estamos a falar aqui é que a operação na linha Funchal-Lisboa-Funchal que está com preços muito altos e isso não se coloca apenas em relação aos residente mas em relação também aos fluxos de pessoas que querem visitar a Madeira e que muitas vezes não viajam porque os preços estão excessivamente altos”, revelou o dirigente madeirense.

Albuquerque insistiu que “não há nada que justifique os preços que a TAP esta a praticar nesta linha”.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.