O presidente do SAMS e do Sindicato dos Bancários do Sul e Ilhas, Rui Riso, considerou a atitude da ADSE como de “arrogância” por querer impôr o seu preço sem negociar, em entrevista à Antena1/Jornal de Negócios.
“A ADSE quer comprar os serviços de saúde pelos preços que quer, sem negociar com ninguém e sujeitos a retificações dois ou três anos depois se houver um fornecedor que dois ou três anos antes, vendeu aquele serviço mais de 10% mais barato, sem nos permitir aferir”, disse Rui Riso.
“Esta opacidade nesta questão de negociação é muito difícil de ultrapassar”, acrescentou.
Para o presidente do SAMS e do Sindicato dos Bancários e Ilhas, a imposição de regras por parte da ADSE ainda faz menos sentido quando se trata de uma entidade que paga a 180 dias.
Relativamente à nova tabela que a ADSE quer criar, Rui Riso explica que o SAMS irá fazer os próprios cálculos depois de analisar o que vier a ser negociado pela Associação Portuguesa de Hospitalização Privada, admitindo que se não for conveniente para a instituição que lidera, pode mesmo vir a rasgar o acordo.
No final de fevereiro, a presidente do conselho diretivo da ADSE, Sofia Portela, disse no parlamento que “dentro de muito pouco tempo” irá apresentar aos prestadores de saúde privados a nova tabela do regime convencionado com preços fechados. “A nossa expectativa é que dentro de muito pouco tempo estejamos em condições de poder apresentar uma tabela com preços fechados para dialogar com os prestadores e que esta tabela seja uma tabela que seja justa e equitativa”, referiu Sofia Portela, na altura.
Desde o início do ano alguns grupos privados de saúde ameaçaram suspender as convenções com a ADSE, depois de o instituto público presidido por Sofia Portela ter exigido o pagamento de 38 milhões de euros em regularizações, por excesso de faturação.
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