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Primárias nos EUA: democratas à espera de New Hampshire depois do caos de Iowa

O círculo eleitoral é muito pequeno e normalmente passa despercebido. Mas, depois do caos de Iowa, os norte-americanos querem saber se o crescimento de Pette Buttigieg e o ocaso de Joe Biden se confirmam.
11 Fevereiro 2020, 07h35

As primárias das eleições para a presidência dos Estados Unidos ‘aterram’ hoje em New Hampshire e, do lado dos democratas, todos ‘rezam’ para que o partido regresse à normalidade, depois do caos que sucedeu na semana passada em Iowa – e que abriu o flanco do partido aos corrosivos ataques de Donald Trump.

O número de delagados eleitos pelos democratas em New Hampshire é de apenas 24 (em Iowa doram 42), mas as surpresas que se deram logo na abertura da contenda no interior dos democratas torna as votações de hoje tremendamente importantes – por muito que em termos práticos valham muito pouco.

Depois de Pette Buttigieg (que conseguiu 13 nomeações) ter arrancado uma vitória que nenhuma sondagem conseguiu antecipar e de Jeo Biden (que conseguiu apenas seis nomeações) ter “levado um murro no estômago”, como ele próprio afirmou, as primárias de hoje – mais uma região com pouco eleitorado de origem hispânica ou negra – passaram a ser observadas como uma possibilidade de confirmar tendências que até agora não estavam contempladas na análise política.

Ou seja, os democratas continuam levemente alterados e substancialmente nervosos. Foi essa, aliás, a tendência dos comentários do analistas depois de, na passada semana, os principais candidatos democratas terem debatido entre si nas televisões pela primeira vez. A ideia central é que, se os democratas continuam assim, os republicanos não terão que se preocupar com o futuro: os prórpios democratas se encarregarão de dar cabo de si.

O debate foi particularmente duro – principalmente para Bernie Sandres (que obteve 12 nomeações no Iowa e em 2016 ganhou em New Hampshire face a Hillary Clinton), que foi mais ou menos acusado de marxismo e de ser um radical que não percebe o seu próprio país. Trump não diria melhor, o que atesta que os democratas continuam a ter no seu interior várias fações que só um milagre permite que continuem a co-existir detro de uma mesma organização.

Michael Bloomberg, que não participou nem no debate nem nas primárias de Iowa, continua a ser a grande incognita no seio dos democratas, mas tudo isso deixará de ser um mistério quando chegar a famosa super terça-feira (3 de março), onde talvez tudo venha a ficar mais claro.

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