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Primeiro-ministro britânico entra em disputa com a União Europeia por causa das vacinas

“Deixe-me ser claro: não bloqueámos a exportação de uma única vacina ou componente da vacina”, disse Boris Johnson. “Nós somos contra o nacionalismo da vacina em todas as suas formas”, salvaguardou. Troca de galhardetes levou a representante da UE fosse convocado por Londres para explicar acusações.
10 Março 2021, 19h30

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, comentou a disputa entre o Reino Unido e a União Europeia (UE), depois de o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, ter acusado Londres de impor uma “proibição total” às exportações de vacinas. Johnson nega as acusações e responde que “não bloqueou a exportação de uma única dose” para o bloco europeu, segundo a “Bloomberg”.

As alegações de Charles Michel levaram o governo britânico a acusar políticos da UE de prejudicarem o seu programa de imunização. “Deixe-me ser claro: não bloqueámos a exportação de uma única vacina ou componente da vacina”, disse Boris Johnson. “Nós somos contra o nacionalismo da vacina em todas as suas formas”, salvaguardou.

A disputa corre o risco de azedar as relações entre a UE e o seu antigo Estado-membro e pode mesmo vir a resultar numa ação judicial. As vacinas tornaram-se num ponto de fricção à medida que o bloco é criticado pela lenta implantação do seu próprio programa de vacinação, numa altura que cerca de um terço da população do Reino Unido recebeu uma dose, em comparação com 6% na UE, de acordo com os dados da agência financeira.

Ontem, menos de uma semana depois de Itália ter bloqueado uma remessa de vacinas da AstraZeneca para a Austrália – Michel disse que ficou “chocado” com as acusações de “nacionalismo das vacinas” contra a UE. “Os factos não mentem”, escreveu. “O Reino Unido e os EUA impuseram uma proibição total à exportação de vacinas ou componentes de vacinas produzidos no seu território.”

No mês passado, a UE exportou 25 milhões de doses para 31 países, com o Reino Unido e o Canadá a receberem a maior parte, segundo o “New York Times”, que citou documentos internos.

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