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Primeiro-ministro de Cabo Verde: “A economia digital é um ativo importante na nossa estratégia”

“Duas startups de Cabo Verde estão na lista das melhores 50 em África. Achamos que estamos bem, mas temos de desenvolver mais e mais esta área”, afirmou Ulisses Correia e Silva, na cimeira tecnológica.
2 Dezembro 2020, 16h48

O primeiro-ministro de Cabo Verde disse esta quarta-feira, na Web Summit, que uma das maiores mudanças no país nos últimos tempos foi a criação de um ecossistema para a inovação e empreendedorismo digital, que contribuem para a criação de emprego.

“É um problema que temos em Cabo Verde e em todo o mundo. Precisamos de criar bons empregos para os jovens, para diversificar a economia. Estamos a falar de educação, formação profissional, incentivos fiscais para desenvolver o ecossistema e as infraestruturas tecnológicas e de telecomunicações”, afirmou Ulisses Correia e Silva no evento que decorre online.

Pela primeira vez, este arquipélago africano está presente no índice de inovadores mundiais e mantém-se em destaque em tabelas de startups com sucesso. Cabo Verde foi este ano integrado no top 100 do ranking mundial de ecossistemas de inovação, ocupando a 91ª posição a nível global, com 0.183 pontos e entre os dez do continente africano, numa lista encabeçada pelos Estados Unidos da América, seguindo-se o Reino Unido e Israel.

“Duas startups de Cabo Verde estão na lista das melhores 50 startups em África. Achamos que estamos bem, mas temos de desenvolver mais e mais nesta área. É muito importante para a nossa economia e para as nossas pessoas”, exemplificou o líder do Executivo cabo-verdiano.

A seu ver, é igualmente importante acelerar a transição energética, apostando cada vez mais nas energias renováveis. “A economia digital é um ativo importante em termos da nossa estratégia de desenvolvimento no futuro”, sustentou.

Questionado sobre a resiliência das infraestruturas para potenciais investimentos em tecnologia, o primeiro-ministro de Cabo Verde garantiu que esse não é um problema atualmente. “Neste momento, estamos a construir duas bases tecnológicas, uma na capital (Cidade da Praia) e outra na nossa segunda maior cidade, Mindelo. Os nossos maiores objetivos são tornarmo-nos um hub para o Atlântico para África e melhorar a nossa estabilidade e a nossa condição para atrair investimento”, explicou Ulisses Correia e Silva.

Em agosto, o secretário de Estado cabo-verdiano para a Inovação destacou esta façanha e a presença do programa de empreendedorismo em Portugal. “As bases estão lançadas, desde que lançamos a Cabo Verde Digital em Lisboa, assumimos com ousadia onde nós queríamos posicionar, que é exatamente um país que quer servir de porta de entrada para o continente africano no sector digital”, referiu Pedro Lopes, em declarações citadas pela Inforpress.

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