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Primeiro-ministro elogia “taxas e taxinhas” em Lisboa

“Convém não esquecer que esta é a designação eufemística do que popularmente ficou conhecido como as ‘taxas e taxinhas’ criadas pela cidade de Lisboa e suportadas pelos turistas. Foram essas taxas e taxinhas que permitiram a constituição deste fundo”, defendeu António Costa.
  • António Costa
7 Junho 2021, 17h31

O Presidente da República e o primeiro-ministro inauguraram esta segunda-feira a nova ala do Palácio da Ajuda, com António Costa a sublinhar que “o grosso do investimento” veio das “taxas e taxinhas” do turismo em Lisboa.

Os 31 milhões de investimento necessários para concluir a ala poente que vai acolher o futuro Museu do Tesouro Real – que abrirá ao público em novembro – resultam de um acordo entre o Estado, o Turismo de Lisboa e a Câmara da capital, que ‘entrou’ com 17 milhões, provenientes do fundo de desenvolvimento turístico.

“Convém não esquecer que esta é a designação eufemística do que popularmente ficou conhecido como as ‘taxas e taxinhas’ criadas pela cidade de Lisboa e suportadas pelos turistas. Foram essas taxas e taxinhas que permitiram a constituição deste fundo”, defendeu António Costa.

O primeiro-ministro e anterior autarca de Lisboa referia-se à expressão celebrizada pelo então ministro da Economia do anterior executivo PSD/CDS-PP, António Pires de Lima.

Já Marcelo Rebelo de Sousa preferiu destacar que, 226 anos depois de lançada a primeira pedra do Palácio Nacional da Ajuda, a conclusão da nova ala representa “se não um momento histórico, um momento em que se faz história”.

“A alguns, este facto convidará a meditações patrióticas, mais ou menos masoquistas, sobre as nossas demoras, ineficácias ou insuficiências orçamentais. A outros, e o Presidente da República está entre estes, esta cerimónia lembra a continuidade histórica de Portugal e a relação apaziguada, sem deixar de ser crítica, que podemos ou devemos ter com a história”, destacou.

Marcelo Rebelo de Sousa e António Costa visitaram juntos a caixa-forte onde ficarão guardadas algumas das peças mais valiosas do tesouro real, com uma pesada porta de cinco toneladas.

Questionados pelos jornalistas se não tiveram medo de ficar fechados lá dentro, António Costa respondeu negativamente, em tom bem-disposto: “A companhia é ótima”.

À saída, os dois despediram-se até quarta-feira, já que se irão encontrar na Madeira para as comemorações oficiais do 10 de Junho. “Sr. Presidente, já nos encontraremos a meio do Atlântico”, despediu-se Costa. “Eu já amanhã, o senhor primeiro-ministro no dia 9”, respondeu o chefe de Estado, que remeteu quaisquer declarações aos jornalistas para terça-feira, já na Madeira.

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